Sempre gostei de games de estratégia, acreditem ou não, eu experimentei o estilo com uns 6 anos, com o Dune: The Battle of Arrakis, jogo antigaço, porém divertido. Depois veio AoE2, que meus primos me deram, simplesmente apaixonei. Adorava a ideia de poder ter em controle um exército ou um grupo de guerreiros e comandá-los da forma mais eficiente possível. Conforme o tempo passou (não foi muito, eu tenho 14 ainda ), eu experimentei vários RTS, alguns conhecidos, outros mais ou menos, outros que quase ninguém ouviu falar. E é desses que eu vou trazer aqui, cada um com uma análise que eu mesmo fiz, espero que gostem
RUSE
Esse é mais conhecido, foi até para consoles e tal, muito divertido. É um RTS com batalhas em grande escalas, ou seja, sem microgerenciamento.
Análise:
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[center]“Tirando a ideia de quem tem o maior exército vence, RUSE traz uma mecânica onde vence o jogador que detêm o conhecimento do inimigo, ou até desconfiar do que seus própios olhos veem."[/align]
Do campo de batalha á mesa do General.
[justify]Um dentre os vários pontos inovadores de RUSE é a câmera, podemos ver as detalhadas explosões, o campo sendo modificado, enormes exércitos andando numa colina, porque RUSE é um jogo que ignora o micro gerenciamento de unidades, as batalhas são em larga escala, envolvendo muitas tropas, e quando diminuímos o zoom, vemos nossas unidades virando peças de tabuleiro, bonecos, se amontoam e o céu é trocado por uma sala, onde o general está trabalhando. Essa é a ideia de RUSE, não você controlar um pequeno exército, mas sim grandes e vastas tropas, se sentir um general. O jogo não tem o clássico Fog of War, podemos ver as posições inimigas, mas não as unidades, que são mostradas por botões com o símbolo da nação, isso se o que estamos vendo, é verdade…[/align]
Full House… de Sherman
[justify]O mais inovador em RUSE é um sistema de “cartas” chamadas RUSE, há várias, cada um traz certo efeito na batalha. Como criar um ataque falso, com unidades de madeira, espionar o inimigo, etc… ou seja, um exército pequeno pode ser visto como gigante e poderoso, ou alguns tanques pequenos pareçam imponentes e poderosos. As batalhas de RUSE se baseia em: expansão lenta com combate intenso. Os mapas são enormes e cheio de cidades, e o controle por elas é importante, pois elas podem esconder tropas que podem destruir seus caminhões que levam seus “recursos”, que devem ser usados sabiamente. No início do jogo temos locais para recolher recursos que vem a nós como dinheiro, sendo trazida por caminhões que podem ser destruídos. Por isso o controle pelas estradas são intensas.[/align]
Intenso, lindo… e cheio de bugs gráficos
[justify]O jogo tem gráficos muito bons, as explosões são bem feitas e o terreno é modificado constantemente, mas pelo fato de que o jogo ter que adicionar detalhes rapidamente conforme o zoom, o jogo tem muitos pop-ins, sumindo e aparecendo certas partes do cenário,
Ou o ceú, que em certa altura, se confunde entre o céu de batalha e a sala do general, e temos um céu bem mal feito. Claro que isso não tira a ação do jogo. Os sons do jogo também são cheio de detalhes, longe do campo, ouvimos distantes explosões, e quando nos aproximamos, ouvimos tiroteios intensos.
RUSE tem uma variação de tempo gigante, podemos ter horas de batalha ou em apenas uns 10 minutos, tudo depende de como você joga e de como seu adversário reage. Como atacar uma base falsa que você colocou próximo a eles ou seu inimigo for avançando a sua base lentamente.
Também o jogo dá uma força ao jogador, por exemplo, se selecionarmos algumas unidades e apontar para um inimigo temos uma informação da batalha, se será fácil, difícil ou regular.[/align]
Conclusão
Um RTS que agrada a todos os bons estrategistas que querem algo a mais para ter em seu computador, pois RUSE é um jogo bem diferente do que vemos por ai. Pode aborrecer alguns por ter uma jogabilidade mais tática e pedir decisões rápidas que podem decidir o rumo da partida.
Notas:
Jogabilidade: 9
Gráficos: 9
História: 8
Áudio: 10
Final: 9 [color=blue]Genial[/spoil]
2. Imperial Glory
Bom, esse nem RTS é, na verdade, é um Empire: Total War com umas melhorias na diplomacia, mas apanha em todo o resto. É mais simples e direto. Os mapas são chatinhos, porém as capitais são bem melhores do que a do Empire.
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[center]“Pegue seus mosquetes e lute pela dominação pela Europa numa mistura de RTT com RTS. Seja a França, Inglaterra, Rússia e outras nações nesse jogo que vai de batalhas terrestres á navais.
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Iniciar FORMAÇÃO!
[justify]As batalhas são ao estilo da época mesmo. Uma muralha de soldados que ficam á frente do inimigo, e atiram ao comando do general. Parece chato? Nem um pouco, as batalhas são intensas, principalmente no final, quando o exército quase derrotado vai pra cima do inimigo com suas espadas e mosquetes em busca de uma derrota (ou quem sabe, uma vitória) digna.
Porém, os mapas podem se tornar meio chatos, afinal, pouco esforço foi dado aos detalhes dos mapas. Alguns cenários, principalmente as capitais, são bem detalhados, porém alguns tem apenas casas e pontes.
O jogador terá que ter oficiais para conseguir formar um exército, quanto maior a patente do oficial, mais exército ele pode levar.
O jogador poderá ver uma barra ao lado da bandeira no HUD de uma batalha, ela demonstra o seu exército e o do inimigo, vendo quem está superior.[/align]
O amigo do meu inimigo
[justify]Mas se você pensa que é só atacar um país está errado. A Diplomacia ganha destaque no jogo. Por exemplo, se quer atravessar um país, terá que abrir um acordo em que você poderá passar sem ser atacado. Também, deve-se anunciar uma guerra antes de atacar, senão sua reputação irá cair entre os outros países, ficando raivosos com você e perdendo confiança. Troca de recursos, escolha de governo, que pode influenciar seus aliados, que se forem contra, fica mais difícil um acordo. E antes de entrar numa guerra, veja seu estoque de comida, porque se sua comida acabar, seus soldados podem morrer ou ficarem fracos. Isso interessa a IA adversária, que fará de tudo para destruir sua fonte de alimento.
As guerras podem ser terminadas num acordo, nesse acordo, o vencedor terá dominado o terreno em que suas tropas ocupam, mas para vencer uma nação, é necessário dominar sua capital e segura-lá durante algumas rodadas.
Também poderá ver as rotas comerciais de seu país
O jogador, assim que selecionar seu país, terá que ver seus terrenos para instalar, por exemplo, moinhos, fazendas, quartéis, etc… O mapa lembra muito o jogo WAR, com os bonecos simbolizando o exército, que vai avançando terrenos., e quando cruza com outro exército inimigo, poderá formar uma batalha.[/align]
Um pouco de história
O jogador poderá vivenciar grandes batalhas como a de Waterloo, controlando um dos exércitos e fazendo a história. É muito interessante, pois algumas parecem impossíveis pela quantidade de soldados, mas mesmo assim, vale a pena tentar.
No final… apenas um restou
O jogo termina assim que o jogador perde sua capital, ou conquista a Europa, assim mostra um livro de sua história reescrita.
Os gráficos são bons para época, apenas de que os bombardeios pecam um pouco. Mas o jogo é uma boa pedida, afinal, não é todo dia que vemos um jogo desse nessa época.
Notas:
Precisão histórica: 9,0
Gráficos: 8,5
Jogabilidade: 9,0
Áudio: 8,5
Multiplayer: 7,0
Geral: 8,4 - [/spoiler][/spoil]
Blitzkrieg
Agora, chega de brincadeira, hora de falar do melhor RTS que já joguei em toda a minha vida. Poucas pessoas tiveram o prazer de jogá-lo, é desconhecido, feito por uma empresa pequena, mas que o jogo é bem feito, sem dúvida.
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[center]“Se acha que Call of Duty ou Medal of Honor mostraram os soldados na guerra, Blitzkrieg mostra todos os fatos importantes (ou não) que levaram à vitória dos aliados”.[/align]
Um jogo que faz os professores de história ficarem com inveja.
[justify]Indo direto ao assunto, mais impressionante do jogo, com certeza, é os detalhes históricos da II Guerra Mundial. O jogador tem três campanhas: da União Soviética, Aliados e os Alemães. Todas contam o que houve na guerra, cada uma com seu lado da história. As campanhas são dividias em fases, dessas tem objetivos reais que o jogador deve cumprir, devendo conquistar, defender, etc… E, ao contrário dos outros RTS, o jogador começa com seu exército e não pode produzir soldados, blindados ou qualquer outro tipo de unidade, se o jogador começa com dois tanques e 20 soldados, ele terá eles por todo o jogo, a menos que sejam mortos. O jogador apenas recebe mais unidades pelos reforços, que são predeterminados no Script da fase. Isso para que o jogador tenha o número de unidades parecidas com as que tinham antigamente.
O jogador tem acesso a apoio aéreo durante a partida. Cada nação tem seus tipos de avião, que pode variar dependendo do clima: deserto, neve ou verão. Também não se pode acionar se estiver chovendo, numa tempestade de areia ou numa nevasca.
Para deter os aviões, podem-se acionar os caças, ou ter antiaéreos, porém, alguns deles tem um alcance baixo, então aviões que voam alto não são pegos, como alguns bombardeiros.
O tanque, que tem um design parecido com os reais, também tem blindagem e poder de fogo parecido. Além disso, cada lado do tanque tem seu nível de blindagem,
esses dados aparecem numa barra perto dos botões que controlam o exército[/align].
Um jogo velho
[justify]Apesar de o jogo ter uma jogabilidade ótima, o jogo é antigo, então, nada de gráficos espetaculares. Os pneus ou esteiras não giram, os detalhes da vegetação são fracos, e as animações, pobres. Mas isso não parece problema, os tanques, apesar de uma limitação gráfica, são muito parecidos com os reais. (A empresa russa “Nival Interactive” teve modelos das unidades) e, além disso, os gráficos não atrapalham a diversão e os mapas bem fiéis, com casas específicas para cada mapa, além de bem variadas. A tintura e algumas unidades (Principalmente caminhões de apoio e soldados) mudam conforme o clima. Os soldados também mudam conforme seu equipamento e especialidade.[/align]
Mais do mesmo…
[justify]O jogo, com certeza, mostra a guerra tal como foi, com unidades fiéis, etc…
Mas não traz nada inovador na história, é a mesma guerra que falam nos outros games. Tem mais detalhes, mas nada de diferente demais. A história é contada nas explicações dos objetivos, não tem vídeos entre as fases, apenas no começo e no fim da campanha contendo algumas cenas da guerra, ao estilo de um documentário.
O áudio merece destaque também, pois além de ser fiel a realidade, dá para distinguir de arma para arma ouvindo o seu tiro. A empresa teve um trato especial nesse quesito, que impressionou quem jogou.[/align]
No fim…
[justify]O jogo, apesar de aparentar fraco velho, diverte e desafia, coisa que não vemos em todo lugar. E após terminar as campanhas, o jogador pode jogar os mods feitos pelos jogadores, ou criar seus próprios mapas ou unidades. Editores que vem junto com o game, em sua pasta base. Isso deixa a vida útil do game prolongada.
Está no topo da minha lista de games e uma vez ou outra eu volto a jogar.[/align]
Notas
[color=red]Gráficos: 5,0
Jogabilidade: 9.0
Áudio: 8,5
História: 10
Geral: 8,3 [color=darkblue]Quem curte TEM QUE JOGAR![/spoil]
Bom galera, é isso, digam o que acharam