Nos anos 30-40 os desenhos animados eram coisa séria e estava longe de cair no gosto das crianças. Durante a Segunda guerra mundial esbanjavam apelo popular e passavam entre os trailers e documentários e a atração principal. E seguindo a tendência da época, celebridades como Pernalonga, Mickey e Pato Donald também foram a guerra. Os pioneiros: Duas séries da Warner - Looney Tunes e Merry Melodies -, que nos anos 40 produziu as mais radicais peças de propaganda em Hollywood, muitas de cunho explicitamente racistas. A mais famosa é Bugs Bunny Nips the Nips (1944), na qual Pernalonga aparece em uma ilha do pacífico e apronta misérias com um japonês ridiculamente estereotipado. Em Herr Meets Hare (1945), Pernalonga vai a floresta negra azucrinar a vida de Hermann Göring. E o clássico [i]Ducktators /i reúne no mesmo desenho Hitler, Stálin, Mussolini e Hiroito.
A Disney não ficou atrás. Em 1943 ela lançou Der Fuehrer’s Face, com Pato Donald no papel de um operário alemão que se confunde ao alternar os movimentos de apertar o parafuso e a saudação a Hitler. Walt Disney foi um dos mais ativos executivos da propaganda hollywoodiana. Mickey promovia de tudo, de campanhas de doação de sangue a trabalhos voluntários. Junto com Donald, era o preferido para estampar a fuselagem dos aviões.
De quebra Disney era constantemente convocado para ser embaixador dos Estados Unidos na vizinhança. Foi assim que ele veio parar na América Latina, em uma turnê no inicio dos anos 40. Como gesto de boa vontade, o mago dos desenhos criou o mexicano Pachito, o Argentino Gauchito Voador e o Brasileiríssimo Zé Carioca.
Abaixo segue o vídeo de Der Fuehrer’s Face pra que possamos ter uma pequena ideia de como era esse tipo de propaganda na época.
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