Abril à Junho de 1940
Frank Fletcher, Novo Almirante da Esquadra Americana do Pacífico
[i]Após perder 2/3 de sua Esquadra, o Alto Comando Militar do Japão empregou recursos maiores para reconstruir sua força naval. Aparentemente, eles haviam aprendido uma lição sobre o uso de belonaves pesadas para escoltar navios-aeródromos. Segundo mensagens que nosso Serviço de Inteligência Militar interceptou, os japoneses estavam lançando suas novas armas de guerra: os couraçados da Classe Yamato. Segundo o que me foi informado, estes couraçados são mais poderosos que os nossos. Seu poder de fogo e blindagem supera em duas vezes outras belonaves deste tipo.
Em 25 de abril, o Almirante Nimitz informou que a Esquadra do Japão se preparava para atacar novamente as Filipinas, e ordenou para repelir qualquer investida no mar ou desembarque inimigo. Imediatamente repassei as ordens para o General MacArthur, e este instaurou alerta máximo nas Ilhas Filipinas.
Três dias após a comunicado, capitães da flotilha de submarinos detectaram a presença de três couraçados japoneses, dois porta-aviões e alguns cruzadores e contratorpedeiros. Porém desta vez, a força japonesa não navegava no mesmo local que antes, onde ocorreu a Batalha de Manila; os japoneses estavam à leste, no Mar das Filipinas. Não tinhamos condições de nos dirigir com nossa Esquadra até aquelas águas, então dei ordem para os esquadrões da aviação embarcada entrarem em ação.
O ataque aéreo foi forte, mas não o suficiente para deter o avanço da Força Japonesa. Os pilotos informaram que a blindagem dos couraçados inimigos era superior à capacidade de fogo oferecida pela aviação, e que o danos foram poucos. Observando o cenário que se descrevia não tive outra opção a não ser perseguirmos as belonaves inimigas.
Para nossa sorte, os japoneses resolveram se aventurar, no dia seguinte, no Canal entre Luzon e as ilhas Visayas, ao centro do arquipélago. Nossa Esquadra já estava em posição de combate e à espera da força inimiga. Lançamos novamente a aviação embarcada sobre os couraçados, e nossos cruzadores dispararam contra os três couraçados japoneses, entre eles dois da Classe Yamato, o Yamato e o Musashi. Os japoneses estavam confiantes que suas três belonaves venceriam dez couraçados nossos apoiados por quatro porta-aviões, e dezenas de cruzadores.

As salvas de tiros dos navios japoneses danificaram seriamente quatro dos nossos, e afundaram um cruzador pesado. Por outro lado, se expuseram ao fogo de toda nossa Esquadra. Dois couraçados japoneses afundaram, e o [b]Yamato[/b] tentou se retirar do conflito juntamente com seus dois porta aviões na retaguarda. Estes últimos afundaram após serem cercados pela flotilha filipina de submarinos. Perseguíamos então o poderoso [b]Yamato[/b], que dotado de motores mais modernos e potentes, se distanciou de nossa formação.
Entretanto, os dois esquadrões de bombadeiros sediados em Guam, atacaram violentamente o navio japonês, que ainda conseguia se manter, porém com danos graves. Após dois dias de perseguição, sua capacidade de prosseguir havia sido limitada e logo não mais a possuía.

Munidos de alguns canhões, a tripulação do [b]Yamato[/b] aguardou penosamente seu fim ante um ataque fulminante nosso. Um torpedo certeiro em seu casco, fez explodir o reservatório de munição, e consequentemente o grande couraçado afundou em questão de minutos, levando consigo sua tripulação.
A nova derrota japonesa desencadeou uma operação japonesa desperada para tomar Guam. Regimentos de fuzileiros tentaram transpôr nossas defesas naquela ilha, mas foram derrotados guarnição que se mantinha em alerta constante. Novas ações posteriores foram rechaçadas com a presença de nossa Esquadra, que agora havia deixado de vez as Filipinas.
Graças a nossa brilhante vitória inicial e agora mais outra, o Alto Comando da Marinha me nomeou novo Almirante da Esquadra do Pacífico, dando controle operacional e apenas subordinação ao Almirante Nimitz, Comandante Supremo das Forças Armadas Americanas no Pacífico.
Apesar dos louros da vitória, não podemos comemorar nada. Segundo nosso espião em Tokyo, o Japão acabara de lançar novos seis couraçados da Classe Yamato, e um porta-aviões da Classe Shokaku. No caminho para nossa vitória final ainda teremos muito a trilhar e combater…[/i]
Dwight D. Eisenhower, Marechal do Exército e Comandante Supremo das Forças Armadas dos Estados Unidos
[i]A guerra na Europa, que a alguns meses ocorria com combates intensos entre o Exército Alemão e as forças Aliados naquele continente, agora ocorria de forma mais estratégica do que simples choques de forças. Após a queda da França, Biller buscou enfraquecer sua principal inimiga naquele momento: a Inglaterra. A Esquadra Alemã estava resumida a alguns couraçados e os temidos U-boats, que atacavam as forças inglesas. Os combates agora ocorriam apenas no ar, com iniciativa britânica, de atacar a norte da França e o noroeste da Alemanha, com seus bombardeiros de longo alcance.
Os alemães combatiam com sua poderosa, experiente e moderna aviação.
Os combates aéreos atingiam diretamente a população civil que era açoitada dia e noite por esquadrilhas aviões que despejariam toneladas de bombas sobre as cidades.
Mas o Império Britânico estava longe de perder sua força. Os ataques alemães diminuíam de intensidade, e o esforço militar inglês crescia acentuadamente. No Canadá, as forças anglo-canadenses tomavam posições ao longo de nossa fronteira, e a indústria fornecia cada vez mais equipamento bélico a ser enviado para a Europa e no próprio país.
Os ingleses influenciavam todos seus governos territoriais e coloniais. Um acontecimento que chegou aos ouvidos de todo o povo americano foi a Guerra da Tailândia. Forças anglo-indianas desencadearam uma série de fortes ataques contra aquele país. O uso desnecessário de tanques blindados contra regimentos infantes tailandeses mal-treinados, levou um sentimento de repulsa aos ingleses, e culminou em revolta civil. Esta por sua vez foi cruelmente abafata pelo exército inglês, ocasionando milhares de civis mortos.
Sob nossa influência, alguns jornais americanos noticiaram a recusa britânica em ajudar nossos soldados no Extremo Oriente. Até o início desse ano, muitos consideravam a Inglaterra como nossa alida em potencial, mas segundo queríamos, o povo americano passou a crer em uma Inglaterra severa, cruel e egoísta.
E neste clima de insegurança e incerteza, que reunimos novamente o Alto Comando.
Mesa de reuniões do Alto Comando em Washington - 15 de maio de 1940
- Cavalheiros, a situação desta Guerra está se desatando conforme nosso planejamento. - disse eu. O Almirante Fletcher e o General MacArthur nos informaram que a Guerra no Extremo Oriente está correndo sob controle, e que o Japão sofreu severas derrotas ao tentar atacar as Filipinas e Guam. Os ingleses trabalham da forma deles para conter a presença japonesa na Indonésia, mas não obtiveram sucesso. Da Índia, estão enviando várias divisões para combater na China. Na Europa, atacam severamente o Eixo. E no Canadá, mobilizam sua indústria e sua força militar…
- Marechal, não estou compreendendo direito a situação… - falou o General Omar Bradley. O que a Inglaterra tem haver com o que pretendemos…
- Não é óbvio, General Bradley? - eu respondi. A Inglaterra não é nossa melhor opção de aliada, e no momento não possuir aliados é o melhor para nós. Se mantivermos o poderio britânico em constante crescimento, logo nem mesmo nosso poderoso potencial industrial suplantará as Forças do Império Britânico…
- É, realmente… Uma guerra com a Inglaterra logo será necessária, e se que tivermos que tomar a ação primeiro será melhor - disse o General George Patton. Temos que agir antes que hajam forças inglesas no Canadá, em disposição para nos invadir…
- Vocês estão ficando todos loucos! - respondeu asperamente, o General Jonathan Wainwright. A Inglaterra tem mais capacidade em nos estender a mão do que nos declarar uma guerra!
Naquele momento a discussão e o bate-boca tomou conta do recinto.

As opiniões começaram a divergir, até que o Presidente interviu.
-
Senhores! Senhores, acalmem-se! - falou o Presidente. Antes de tomar minha decisão nesta questão, eu avaliei muito bem nossa situação. Não temos motivos para intervir novamente na Europa como no passado. Também não podemos apoiar certas atitudes que Sir Winston Churchill tem tomado a respeito dessa Guerra. O uso desnecessário da força na Tailândia é mais do que comprovado, porém ele não tem coragem de desembarcar suas forças no continente. Não serei hipócrita em mentir, e dizer que nosso país anda de mãos dadas com a Inglaterra. Isso é mentira, e os próprios orgãos de imprensa noticiam isso. Claro que influenciamos de certo modo para que conduza a narração dos eventos a fim que possamos tirar proveito, mas a realidade é esta…
-
Está mais do que certo, Sr. Presidente. - eu respondi. Além disso esse conselho votou outrora, para que formassemos o recrutamento de forças militares e colocação da reserva na ativa. Precisamos também ter um palco de testes para avaliar nosso poderio. Acredito que o Canadá é o lugar ideal, pois sem treinamento prévio, nossas forças não terão capacidade de desembarcar em solo japonês, alemão ou qualquer outro…
-
E de quantas tropas dispomos? - perguntou o General Patton. Além disso o que diremos ao povo americano para que aprovem tudo isto?
-
Nós dispomos de 12 divisões blindadas leves e 6 divisões da Infantaria do Exército. - respondi. Quanto ao povo americano, acredito que ele já esteja mais do que inflamado contra os britânicos e logo se disporia para ir à guerra. É isto senhores… Acho que tudo está claro e entendido. Se mais alguém quiser se manifestar contrariamente, que o faça neste momento…
-
Então estamos acertados, cavalheiros - disse o Presidente Roosevelt. Amanhã o gabinete de nossa embaixada entregará ao Governo da Rainha, um pedido de indenização por recusa de ajuda e a retirada de todas os comandos militares do Canadá e o fim do armamentismo do mesmo. Caso os britânicos não aceitem, darei a ordem de início de hostilidades e ato de guerra. Que se faça saber à imprensa e ao povo americano que todo e quaisquer atos ou manifestações contra nossas decisões serão considerados atentados diretos à Segurança Nacional dos Estados Unidos da América!
Após sair da reunião, eu tinha a certeza que logo entraríamos em guerra. Expedi ordens para a prontidão para a Guerra, e para todos os quartéis dos Estados Unidos, o alerta máximo antes da guerra. Três dias após a reunião, o Governo dos Estados Unidos declarava oficialmente Guerra contra o Império Britânico
Revoltas se instauraram em cidades do país, mas foram reprimidas pela polícia. Os orgãos da Segurança Nacional passaram a controlar o conteúdo divulgado ao povo, e a forma que assim o era. O serviço de inteligência também trocou seu sistema de comunicações, que era conhecido dos britânicos, por um mais eficiente. Assim a nação estava preparada para o conflito.
Os Generais Patton e Bradley foram incumbidos do 1º e do 2º Corpo do 1º Exército Americano, respectivamente.
Na madrugada de 20 de maio, nossos soldados de fronteira, desbloquearam as estradas e abriram as cancelas para a passagem de nosso Exército. As doze divisões de blindados somavam cerca de 3600 tanques de blindagem leve, juntamente com 150 mil soldados da Infantaria e 25 mil fuzileiros na Costa Oeste. O General Patton avançou rapidamente sobre Toronto, cercando a cidade pelo sul e sudoeste. Pela primeira vez conhecíamos os poderosos blindados Matilda, os quais haviam massacrado o exército tailandês. Mesmo sem equilibrio de forças partimos para o combate.
Na primeira semana de combate, o General Patton conseguiu de forma brilhante vencer e suprimir a defesa canadense em Toronto. Enviei ordens para dar auxílio em Ottawa, mas acabou por ignorar minhas ordens, e realizar um grande avanço para o norte do país, a fim de isolá-lo em dois. Momentaneamente me enfureci com o general, mas acabei percebendo sua astúcia.
Paralelamente, nossas forças não encontraram grande resistência em Ottawa, e ainda conseguiram pôr em fuga os oficiais canadenses, que deram ordens para destruir todo o esquadrão sediado naquela cidade. Logo nossas forças seguiram para Montreal, e ali opuseram duras perdas aos britânicos.
Em uma semana de combate havíamos avançado de forma brilhante, mas as perdas eram preocupantes. Das 12 divisões leves, duas já haviam sido destruídas completamente e outras três estavam incompletas. Na costa oeste, os fuzileiros navais, sob o comando do General Alexander Vandegrift, tomaram de assalto a cidade de Vancouver.
Os canadenses conseguiram compôr uma linha defensiva no meio oeste do Canadá, para onde Patton se dirigiu antecipadamente. Espero que ele em sua grande capacidade de comando consiga vencer a poderosa força militar ali presente…[/i]