[center]CHAPTER IV[/align]
[center]A Frota de Ferro está preparada para a Grande Pilhagem, com minha poderosa galera*, o Devastador, e com a Vitória de Ferro de Victarion na linha de frente. Deixo os meus filhos e esposas para trás e parto para glória. Deixo as Ilhas de Ferro sob os cuidados de Tristifer Botley, mas ele é uma marionete de Asha e eu sei que ela vai ser a única que governará de verdade enquanto eu estiver fora. Era, afinal, a única maneira que eu poderia convencer a menina voluntariosa a não ir atrás de nós.[/align]

[center][font=cursive]A Nossa viagem ao redor Westeros foi realizada de uma maneira digna de nota. Os Tyrell, sem dúvida sujaram suas calças florais quando viram nossas velas passando próximo de suas terras, mas eles não nos impedem, e Dorne era tão tímida como sempre foi. Atravessamos o Mar Estreito e descobri pelos olhos de meu irmão traiçoeiro Euron Olho de Corvo estava em Pentos, e estava planejando minha morte com conspiradores em Pyke. Tomei a frota para sua nova casa e mandei dizer que ele deveria abandonar essas conspirações se ele não quisesse perder seu outro olho. Euron cedeu, é claro, e eu mandei corvos para as Ilhas de Ferro a fim de ter seus comparsas capturados e afogados.
Deixando as Cidades Livres para trás, navegamos passado pelo Smoking Seas da já condenada Valíria, através do Gulf of Grief até chegarmos a Slavers Bay. Logo apoderamo-nos do nosso primeiro alvo, uma aldeia aparentemente pequena.[/font][/align]

[center]Estava ansioso, talvez mais do que ansioso, para tomar o nosso primeiro prêmio, nós preparamos os navios e fomos em direção à vila, apenas para encontrá-la bem defendida por paredes grossas e uma milícia resistente. Eu viria a saber que este lugar estava perto dos locais de caça do Dothraki Horselords, e tinha aprendido muito bem como se defender contra invasores de terra e do mar. Poderíamos, talvez, conquistar a vitória, mas eu não tinha nenhuma vontade de ter sérias perdas tão cedo. Castigado, voltamos para os nossos navios, pegando o filho da puta do olheiro que tinha marcado este lugar um alvo fácil e nos ter feito perder praticamente um dia todo de saques e dando-lhe ao Deus Afogado.[/align]

[center]Passei o resto do dia, com amargura, até que avistei alguns dos meus guerreiros dançando a Dança do Dedo*, machados girando pelo ar, eles riam e vangloriavam-se um com o outro. Se os meus homens de ferro não são intimidados por tão um revés tão cedo, eu tinha o direito de ser? Chamei um deles, Donnor da Casa Saltcliffe, e o desafiei para uma dança. Começamos e Donnor atirou o machado para mim sem nenhum cuidado. Peguei-o no ar e joguei de volta, e todos começam a rir, uma vez que o machado cai sobre sua mão aberta, arrancando-lhe alguns dedos.[/align]

[center]Assim, o meu humor melhorou, partimos para uma pilhagem melhor, e encontramos na forma de uma grande frota de galés* Volanteana cheia de carga mas com pouco armamento. Eles tentaram correr com a visão de nossas velas, mas os nossos navios eram muito mais velozes do que os deles, e com o nosso domínio incomparável das ondas mesmo nestes mares estranhos logo os alcançamos. Apressando-se a bordo, nós massacramos os poucos homens que eles tinham como porcos. Um navio estava carregado com uma carga de especiarias, açafrão e pimenta valem mais do que o ouro, o segundo estava cheio de finas sedas e baús de prata, enquanto o terceiro,tomado pelo Victarion, era só mais um navio de escravos. Pegamos o saque que realmente nos agradou, e jogamos os escravos que choravam e berravam ao mar. Eles serão muito mais felizes nos salões do Deus Afogado do que como bens móveis em Volantis.[/align]


[center]Nós tínhamos exprimentado o nosso primeiro sucesso da viagem, mas não seria o último. No dia seguinte, nos deparamos com outra aldeia, muito mais rica e mais frágil do que a primeira, e nos lançamos sobre ela enquanto os habitantes fugiam desesperados. Desta vez, eles não apresentaram perigo para nós pusemos as suas casas à ruína. Muitos dos meus homens de ferro tomaram esposas de sal naquele dia, com Donnor Saltcliffe pegando duas putas para si mesmo. Sorri quando ele as apresentou em nossa festa naquela noite. Donnor tem feito muitos feitos nesta pilhagem e ganhou muito respeito, incluindo o meu.[/align]



[center][font=cursive]Nossos navios agora estão quase cheios de despojos, e nos movemos em direção a Gulf of Grief. Como nós fomos para águas mais profundas, avistamos mais velas no horizonte, uma pequena frota vinda do leste. Decidido a ir ter um último prêmio, posiciono meu próprio navio a bombordo do maior navio da Frota de Ferro enquanto o Vitória de Ferro a estibordo. Pulando sobre as bordas dos navios com as espadas em punho, descobrimos que o navio não estava repleto de escravos e milícias, mas sim de guerreiros. Vi Victarion trocando golpes com um grande homem na armadura de um cavaleiro de Westeros. Fui em sua ajuda, mas fui parado por um homem de barba branca, mais velho do que eu mesmo, com uma armadura média e carregava nada além de um bastão. Ele parecia me conhecer e saber quem eu era, e mandou-me chamar meus homens de volta, mas escarrei naquela cara escrota dele e joguei minha lâmina na direção de seu seu crânio.
O velho parou a lâmina com seu bastão e o girou mais rápido do que eu teria pensado ser possível, me golpeando duramente em todo o peitoral, em seguida, se abaixando e atacando as minhas pernas. Eu cai no convés e rolei para me levantar. Meu homens de ferro correram para me ajudar, mas o velho foi demais para eles também, esmagando-os no convés, um, dois, três… Ainda assim, a luta num todo tinha ido a nosso favor, e nós certamente devemos afogar o velho e os seus poucos aliados remanescentes. Eu balancei minha cabeça para limpá-la e avancei com meus saqueadores ao meu lado.
“Pare!” Uma voz de mulher de Westeros soou alta e clara. Dirijo-me para a porta da cabine agora aberta e vejo uma jovem garota com os cabelos prateados e olhos roxos. Mas, mesmo assim ela não conseguia segurar por muito tempo o meu olhar. Olho para a luz fraca da cabana atrás dela, e é a primeira vez que vejo os dragões…[/font][/align]

*galera = Navio de guerra usado na Antiguidade; tinham bordas baixas, movidos à remo, mas também podiam ser dotados de 2 ou 3 mastros. Tinham de 15 à 30 remos de cada lado, movidos geralmente por escravos ou condenados.
*Dança do Dedo = A dança dedo é um jogo jogado pelos homens de ferro das Ilhas de Ferro. A dança do dedo é jogado por pelo menos duas pessoas e consiste em lançar um machado de mão para a outra. É preciso pegar o machado ou saltar sobre ele, sem perder o passo. O nome vem do fato de que o jogo normalmente termina com alguém perdendo um ou mais dos seus dedos.
galé = sinônimo de galera.