[CK2 / EU4] As Crônicas dos Heróis

As Crônicas dos Heróis

Prólogo

Dizem que a História é feita pelos vencedores. Em parte é verdade. Mas, mesmo nas mentes dos derrotados existe a admiração pela figura do herói, aqueles que são vistos como seres intocáveis e louvados como deuses. Estes homens protagonizaram importantes fatos da História Mundial, gravando seus nomes permanentemente e sendo lembrados até os dias de hoje. Criaram-se lendas em torno de seus nomes e cultos em sua homenagem. Contudo, há quem os veja como seres fracos ou servis, cegamente manipulados para atingirem os interesses de terceiros ou guiados por uma falsa ideia de moralidade e heroísmo. No fim, cabe aos homens julgá-los, seja por seus atos, seja pela lenda ou pelo que diz os relatos existentes.

Este é um AAR dedicado aos que são vistos como heróis para algum dos povos existentes ou extintos desse mundo. Também será interativo no que concerne à escolha do caminho inicial e de algumas decisões. Apresentarei de 3 a 5 opções, junto com alguns objetivos.

Guifré de Barcelona
Capítulo I - Guerra Civil e Unificação
Capítulo II - Valência
Capítulo III - Karlings e a Criação de um Reino
Capítulo IV - Legado

Miguel VIII Paleólogo
Prólogo - O Co-Imperador
Capítulo I - A Campanha pela Tessália - Parte I - Nikarete, a Dama de Philippopolis
Capítulo I - A Campanha pela Tessália - Parte II - Contra os Estrangeiros
Capítulo II - Quando Sansão Perde Seus Cabelos
Capítulo III - Roma Versus Roma
Capítulo IV - Usando Rebeldes
Capítulo V - Chipre Vs Veneza
Capítulo VI - O fim dos oportunistas do Épiro
Capítulo VII - Os Filhos das Cruzadas
Capítulo VIII - Dominus Atheniae
Capítulo Final - E eles verão a Deus

Shiro Tokisada Amakusa
Capítulo Único - Rebelião

Sonni Ali Ber
Capítulo I - Entre Aïr e o ressurgimento de Bornu
Capítulo II - Timbuktu
Capítulo III - Decapitação
Capítulo IV - As pretensões do Reino de Kong
Capítulo V - Lágrimas no Sahel
Capítulo VI - Oração Para Allah
Capítulo Final - Glória ao Imperador

Opa, nem preciso dizer q vou acompanhar, né? :wink:

Lá vão três opções de escolha:

O pai de uma identidade - Guifré de Barcelona é tido como o pai fundador da identidade catalã e o maior herói do povo da Catalunha. Contra todas as chances ele anulou a expansão de Al-Andalus ao mesmo tempo que foi leal ao rei Luís II da Aquitânia. Diz a lenda que as cores da Casa de Barcelona (também cores da bandeira catalã) surgiram de um estandarte que teria sido um presente do rei Carlos, o Careca, da Francia Ocidental, por sua bravura em batalha. Morreu em Lleida, numa batalha desastrosa contra os muçulmanos. Sua memória insufla os atuais nacionalistas que querem a independência na Catalunha.

Objetivos sugeridos:

  • Uma campanha bem curta, com ele e, se necessário, seu filho;
  • Deixar de ser um conde e assumir o ducado (no jogo ele é um barão agora, então é preciso dar um dos condados à ele);
  • Unir as terras que clamam ser catalãs (bordas de hoje);
  • Independência em relação aos Karlings;
  • Deter ou destruir Al-Andalus, ou colaborar para isso.

O legado do removedor - Stefan Uros IV, o Forte ou o Poderoso, foi um homem com a pretensão de dinamitar Bizâncio e substituí-lo por um império eslavo-grego. Criou códigos legais e defendeu a Igreja. Sua maior ambição era colocar-se em Constantinopla e marchar com um grande exército cruzado para expulsar de vez os muçulmanos das imediações da Europa. Foi um dos mais poderosos líderes de sua era. Porém, morreu prematuramente e seu filho foi incapaz de deter os otomanos. Criador da Grande Sérvia, seu ideal foi revivido no século XIX, quando seu país tornou-se novamente independente.

Objetivos sugeridos:

  • Conquistar áreas vizinhas gregas e búlgaras;
  • Conquistar a Bósnia;
  • Conquistar Croácia e Dalmácia;
  • Ocupar Constantinopla;
  • Expulsar os turcos;
  • Ter um filho capaz de continuar seu legado.

Give me back my shqips - Albaneses são vistos com desconfiança ou como inimigos na maioria dos balcãs. Mas eles também tem seu grande herói, que é também o motivo para sua avidez por criar a Grande Albânia. Skanderbeg liderou uma rebelião de 25 anos contra o Império Otomano. Controlava apenas uma porção da Albânia, na qual derrotou seguidas vezes seus adversários. Junto com o Stephen III da Moldávia e Janós Hunyadi é considerado um dos “campeões de Cristo”. Suas habilidades políticas, militares e diplomáticas garantiram o sucesso de sua rebelião até sua morte.

P.S.: Não tenho certeza se este gameplay seria com o mod WTWSMS, de CK2 (rule designer), ou com os mods Extended Timeline, Veritas et Fortituto ou Meiou & Taxes, de EU4.

Objetivos sugeridos:

  • Manter-se independente;
  • Anexar Ilirida (oeste de Skopje);
  • Anexar Mausia (extremo-sul de Montenegro);
  • Anexar Kosovo;
  • Reclamar as terras dos arvanites (albaneses da Grécia);
  • Reclamar as terras dos arbëreshës (albaneses da Itália);
  • Contribuir para destruir os Otomanos.

Vocês podem votar em quem preferirem. Também podem sugerir heróis ou objetivos.

O pai de uma identidade - algo mais “simples” pra começar :slight_smile:

O legado do removedor: ocupar Constantinopla.

Give me back my shqips—Que a Grande Albânia nasça das cinzas de seus inimigos…

O legado do removedor: Expulsar os turcos

Acompanhando muito! Quero ver como vai mesclar o gameplay dos dois jogos!

“O pai de uma identidade”

O legado do removedor

O Pai de uma Identidade! Bora expulsar uns Mouros invasores! :pirata

Acho que já dá pra terminar a votação.

Barcelona - 4
Sérvia - 3
Albânia - 1

Então o primeiro será Guifré de Barcelona.

Ninguém gosta da Albânia… :choro :choro Pelo menos eles tem uma bandeira legal…

[center]Guifré de Barcelona

Capítulo I - Guerra Civil e Unificação
(867 - 872)
[/align]

Este é Guifré de Barcelona, Rei de Aragão, Duque de Barcelona, Valência e Mallorca, temente a Deus e à autoridade da Santa Igreja, independente dos Karlings e inimigo ferrenho dos infiéis de Al-Andalus. Mas como ele chegou a este ponto? Para sabermos sobre tal voltaremos alguns anos, até o auge das invasões e saques promovidos pelos Homens do Norte.

Guifré era um humilde barão na cidade de Puigcerdà, na beirada dos Pirineus. Seus irmãos estão espalhados por Astúrias e Al-Andalus. Seu pai, Sunifredo, foi nomeado Duque de Barcelona no passado, o que lhe vale uma claim do título. Este está nas mãos de Bernard Gellones, inimigos dos demais duques. O odiado franco resolveu conceder a graça de nomear Guifré para ser Conde de Rosselo. Para comemorar o fato, realizou-se o casamento do novo conde com Ximena Íñiga, Princesa de Navarra. Durante o banquete e as honrarias, chega a notícia de que Bernat de Toulouse, junto de seus apoiadores, depôs o rei Louis II e assumiu seu trono na Aquitânia.

O vácuo de poder causado pela instabilidade dá a Guifré a oportunidade de colocar velhos planos em prática. Aproveitando-se do isolamento de seu susserano, começa a preparar suas tropas para o embate. No ano seguinte, seu mestre de espionagem informa que é o momento ideal para o golpe definitivo. Assim, o conde ordena às tropas que marchem para Barcelona. Populares aderem voluntariamente ao exército, liderados pelo bispo local.

Às portas da desejada cidade estavam o duque e seus generais e cerca de 2 mil soldados. Os revoltosos estava em menor número, cerca de 1800 cabeças. E o terreno era um ponto favorável ao duque. Mas nunca se pode duvidar da capacidade de um homem. Após o início da batalha, Guifré derrotou todos que vieram a seu encontro. Descido de seu cavalo, decapitou dois dos campeões a serviço do duque. Mutilou vários soldados. E do último arrancou sua espada junto com a cabeça do falecido. Este gesto assustou as tropas inimigas, que fugiram tomados pelo pavor. O duque ficou para trás e foi capturado pelos homens do bispo. Preso, foi levado para ser trancafiado em Narbonne.

Três anos se passam desde a entrada triunfal de Guifré em Barcelona. Longos anos de opositores insatisfeitos, conspirações e insistentes visitas de mensageiros do rei buscando apoio para se manter no poder. Até que em maio de 871 um homem estranho chega ao castelo do duque. Trajava longas vestes pretas e um turbante na cabeça. Trazia o estandarte de Qurtubah, denunciando que era um emissário de Al-Andalus. Ao duque e seus ministros ofereceu vassalagem e a conversão para a fé de Allah em troca de fidelidade e evitar derramamento de sangue. Como resposta, o duque enviou de volta as mãos do emissário. E assim Barcelona arrastou-se para uma guerra contra os muçulmanos.

Em julho, tropas infiéis chegam ao Condado de Urgell, nos arredores de Puigcerdà. Emergencialmente o duque contrata os serviços da Navarrese Band. Com as tropas adicionais e o fornecido pelos condes, o exército encurrala os servos do sultão. Os invasores recuam, dando tempo para as tropas se reagruparem.

O exército de Barcelona marcha para Larida (Lleida) e consegue ocupá-la parcialmente, até a chegada das tropas de camelos do sultão. Assim, Guifré põe em prática sua tática para enfrentar o inimigo: usa-se de isca e os atrai até Turtusha (Tarragona). Nos arredores de Sant Cugat, sua tropa pessoal encara os camelos. O que o inimigo não esperava é a chegada inesperada dos mercenários e do exército do Bispo de Vic. O que parecia uma vitória fácil para Al-Andalus se torna em uma retumbante derrota. Reforços estavam incapazes de ajudar o Emir do Algarve, pois as demais tropas estavam em guerra com Astúrias. Com isto, o emir foi capturado e exibido para o povo em Osona como um troféu de guerra. Atiravam pedras e vegetais para humilhá-lo. Diante desta situação, e da desgastante guerra com Astúrias, o sultão aceitou os termos de paz e cedeu Lleida e Tarragona para Guifré.

As terras originais dos catalães estavam unidas. Flores eram jogadas nas ruas e os soldados eram saudados como heróis. Enquanto isso, o duque planeja seus próximos passos.

Belo começo!

Belo começo²

Bom, muito bom.

Belo começo³

Quero ver como vai segurar essa pedreira ai! :open_mouth:

Muito bom! Go Go Go Barcelona!