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[/align][justify]Mergulhada em trastes, Roma anseia por quem restabeleça sua glória. Os imperadores lhe deram as costas e os bárbaros roubaram sua beleza. Roma não mais gera heróis e estadistas, pois sua fecundidade foi sugada pelo passado e enterrada na Antiguidade. Alguns aventureiros, todavia, pretendem ressuscitar, em meio às trevas da Alta Idade Média, o esplendor de Roma. Esses sonhadores desejam a ordem e a moral romana, mas correm o risco de reviver também os vícios da grande metrópole -a ordem imoral.[/align]
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[font=Times New Roman]CONFIGURAÇÕES
[size=130]> Jogo: Crusader Kings 2
Mod: When the World Stopped Making Sense (WtWSMS)
Início: 480 AD
Casamentos matrilineares = OFF
Pactos Defensivos = ON, depois OFF (a partir de ~580 AD)
Concessão de independência = IRRESTRITA[/size]
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OBSERVAÇÕES
[size=130]> Esta AAR é a continuidade de uma série de postagens no subfórum do CK2. Apagarei as postagens já feitas lá, transferindo-as para cá.
Conteúdo estritamente narrativo.
Narrador em 1ª pessoa, situado em tempos contemporâneos[/size][/font]
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CAPÍTULOS
[font=Times New Roman][size=130]> Primeiro
IMPERADORES
[spoil][tabs][tabs:JULIUS Nepos (430-496) – WRE]
[justify][font=Times New Roman][size=130]Também conhecido como “Renovator” – o renovador. Foi romano e católico. Fundador da dinastia Neposina. Originalmente rei da Dalmácia. Imperador de 476 a 496.
Casou-se com uma plebeia síria e com ela teve 6 filhos legítimos (Italicus, Gaius Nero, Cornelius, Dalmaticus, Valerius Agrippa e Julius Septimus), dos quais apenas 3 alcançaram os 20 anos de idade. Teve também 1 bastardo (Varro). Criou o hábito de aprisionar vassalos poderosos em claustros amenos, a fim de conservá-los inócuos por longo tempo. Realocou a capital do Império para Roma. Morreu de morte natural aos 66 e foi sucedido por seu conselheiro Annius Marcellinus.[/size][/font][/align]
[tabs:ANNIUS Marcellinus (443-511) - WRE]
[justify][font=Times New Roman][size=130]Romano e católico. Originalmente prefeito de uma pequena cidade na Dalmácia. Imperador de 496 a 511.
Casou-se com a rainha do Egito, mas dessa união não resultou prole. Por razões desconhecidas, executou Gaius Nero Nepos, então um rapaz de 16 anos. Teve 1 filha bastarda (Antonia), a qual se tornou concubina dos reis ostrogodos e foi morta posteriormente por Italicus, como vingança. Continuou a prática de aprisionar vassalos, mas perto do fim de seu reinado ordenou a chacina de todos os detidos. Em virtude de sua severidade para com os grandes latifundiários e também por ter origens humildes, Annius foi idolatrado pelos colonos e outras parcelas pobres da sociedade. Aos 68, morreu de ferimentos graves adquiridos em batalha e foi sucedido por Italicus.[/size][/font][/align]
[tabs:ITALICUS Nepos (486-551) - WRE]
[justify][font=Times New Roman][size=130]Romano e católico. Representa o ápice político-cultural da dinastia Neposina. Imperador de 511 a 551.
Nutria simpatia pelos judeus e pela falcoaria. Casou-se com a filha de Zenão, imperador do Oriente, e com ela teve 6 filhos (Licinia, Agrippina, Barbula, Marcus Canutius, Aurelia e Minervina). Diferentemente de seus antecessores, que preferiam manter os aristocratas encarcerados em vez de destituí-los dos títulos, Italicus adotou uma política nepotista. Isto é: revogava os feudos de vassalos rebeldes e os transferia para familiares, consolidando assim a influência da dinastia.
Dessa forma, Italicus transformou seu irmão Cornelius em senhor absoluto da Bélgica, recém-conquistada. Ao sobrinho Antidius, filho de Julius Septimus, deu soberania sobre a Itália Setentrional. E a Catalunha, por fim, confiou a Sempronius Domitius, filho de Varro.
Italicus teve longas desavenças com os príncipes visigodos da Hispânia e com os governadores da Úmbria, na Itália Central. Através de um casamento, entretanto, entre sua filha Aurelia e o novo imperador do Oriente, neto de Zenão, Italicus selou uma aliança muito produtiva com os irmãos de Constantinopla. Auxiliou-os principalmente com recursos econômicos, recebendo em troca levas expressivas. Roma também recebia tropas por parte dos bárbaros federados, em especial ostrogodos.
Italicus morreu em batalha aos 65 anos e foi sucedido por Barbula.[/size][/font][/align]
[tabs:BARBULA Nepos (522-555) - WRE]
[justify][font=Times New Roman][size=130]Romano e católico. Imperador de 551 a 555.
Concedeu toda a Gália Meridional a seu primo Antidius, filho de Julius Septimus. Casou-se duas vezes: a primeira com uma princesa visigótica, com quem teve 1 filho (Italicus Agrippa); e a segunda com a duquesa da Úmbria, numa tentativa de amenizar as dores de cabeça que a região dava. Este segundo matrimônio rendeu-lhe também 1 filho (Julius Taurus), o qual não alcançou, entretanto, a idade adulta. Barbula dedicou-se a fortificar as fronteiras, iniciando a construção de uma grande muralha na Dalmácia, a inacabada Vallum Barbulae.
Foi vítima de uma conspiração geral da família, à qual se juntou a corte de Roma, insatisfeita com a conduta discreta do imperador, de abnegação do luxo e poucas apresentações públicas. Barbula morreu assassinado aos 23 anos, lançado de uma torre do porto de Ravena, onde fazia inspeções. A ideia partiu de sua esposa, que não se esquecera da agressividade dos Neposinos para com sua família –perdera a mãe e outros familiares nas mãos de Italicus. Barbula foi sucedido por seu irmão mais novo, Marcus Canutius.[/size][/font][/align][/tabs][/spoil]
[spoil][tabs][tabs:MARCUS CANUTIUS Nepos (523-578) – Império Romano]
[justify][font=Times New Roman][size=130]Também conhecido como “Gloriosus” – o glorioso. Romano e católico. Imperador de 555 a 578. Vive o auge territorial da dinastia Neposina, mas é seu último representante.
Aos 24 anos, por apontamento de seu pai, foi feito rei de Cartagena, adquirindo soberania sobre quase toda a Hispânia. A intenção de Italicus era delegar a seu filho menor a tarefa de lidar com os governadores belicosos da região; não havia previsão de que Canutius, algum dia, ultrapassasse essa competência. O jovem Canutius revelou-se um exímio comandante e repeliu com sucesso os rebeldes. Por dispor de recursos insuficientes, todavia, Canutius não pôde suprimi-los por completo.
Barbula, receoso da fama do irmão, se recusou a prestar auxílios militares e pecuniários, invocando como pretexto supostas normas de vassalagem que proibiam a interferência do suserano nos conflitos de seus subordinados. Como consequência, Canutius aceitou o convite da cunhada e tomou parte na conspiração contra o imperador. Morto Barbula, o rei de Cartagena dirigiu-se a Roma, onde foi aclamado como sucessor pelo povo.
Na Ligúria, todavia, outro membro da conspiração reclamou a coroa. Julgando-se mais preparado e merecedor que o primo, Antidius abriu hostilidades, com grande apoio da aristocracia visigótica. Munido de fabulosos generais oriundos do Oriente, Canutius esmagou o rival dentro de um ano.
Nos anos seguintes, Marcus Canutius partiu para conquistas externas. A principal delas foi a tomada de Constantinopla, onde reinava agora Himerios Clavelli, filho de Aurelia Nepos. Canutius percebeu que os gregos não estavam mais em condições de oferecer qualquer colaboração, haja vista a série de invasões que sofriam. Uma nova aliança com o Oriente, portanto, não teria utilidade, sendo mais proveitoso anexar seus territórios. O pretexto para a anexação foi fabricado às pressas.
A dinastia de Zenão morrera com seu filho Zenão II, em 509 AD. A essa época, nenhum descendente masculino de Zenão I era nascido. Exatamente por tal causa, a aristocracia grega escolheu como sucessor um dos generais dos Zenões, o experiente Kristophoros. Este reinou 11 anos, sendo sucedido por Tarasis, seu filho mais velho. Tarasis desagradou os vassalos e sofreu um golpe de Estado em 528 AD, quando foi substituído por Patrikolos Clavelli, neto de Zenão I e genro de Italicus.
Canutius concordava com o golpe, mas argumentava que era ele próprio, e não Patrikolos, quem deveria ter sido escolhido para ocupar o trono bizantino. Isso porque a mãe de Canutius seria mais velha do que a mãe de Patrikolos, embora fossem ambas igualmente filhas de Zenão I.
Essa argumentação encarava duas limitações: 1) Havia, pela lógica utilizada por Canutius, outros 4 candidatos acima dele próprio: 1 descendente de Zenão II, e outros 3 descendentes de uma terceira filha de Zenão I, a mais velha dentre todas. 2) Italicus reconhecera a legitimidade de Patrikolos ao propor-lhe a mão de Aurelia.
A reivindicação de Marcus Canutius, portanto, era válida, mas também inconclusiva. Dessa forma, a fim de debelar outros candidatos, tão logo veio a vitória na guerra Canutius extinguiu o Império Romano do Oriente. No lugar, emergiu o Império Romano unificado.
O basileu deposto, Himerios, então com 14 anos, conservou a cidade de Constantinopla, mas eventualmente foi banido para a Palestina. Quando contava com 30 anos, foi arrestado em seu solar e executado por ordens de Canutius.
Mesmo destino teve Magnilla Nepos, filha de Cornelius. Em virtude de sua íntima relação com os ostrogodos, traídos por Canutius, foi destituída de suas terras na Bélgica, herdadas do pai, e morta. Na verdade, Magnilla era casada com o próprio rei ostrogodo, tendo se convertido ao arianismo, doutrina dominante naquele povo. Por não enxergar lucro na fidelidade, Canutius abandonou os federados à sua própria sorte, recusando-se a enviar as legiões à fronteira. Os bárbaros acabaram consumidos pelos gépidas da Dácia.
Marcus Canutius casou-se com a rainha da Macedônia e com ela teve 3 filhas: Aelia, Fulvia e Severina. Tendo em vista que não se produziram herdeiros masculinos e que os parentes colaterais foram trucidados, Canutius teve de escolher como sucessor alguém de fora da família.
O imperador glorioso morreu aos 55 anos em virtude de infecções frequentes em seu braço direito, mutilado após muitas batalhas. Foi sucedido por seu indicado Priscus Flavius Afranius.[/size][/font][/align][/tabs][/spoil]
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DINASTIAS