Cômodo La Luna

[font=Century Gothic][center]QUARTO LA LUNA[/align]

Um dos diversos quartos do Palácio do Juramento, o Quarto La Luna já abrigou as mais diversas autoridades nacionais, desde os mais nobres cidadãos aos mais poderosos Governantes, receberá este nome ao antigo Ducado de La Luna que fora incorporado ao Arquiducado de Gardennia, com uma decoração simples mas aconchegante, o Quarto La Luna fica a alguns metros dos aposentos de Sua Majestade e de seu Gabinete.[/font]

O Imperador antes de partir à recepção do Papa, esteve pessoalmente verificando se tudo encontrava-se em ordem para a recepção de tão importante hospede.

[center]Leão XIV, chega-se exausto ao quarto lhe cedido no Palácio do Monarca Gesebiano que por ventura entendia um pouco do Latim pronunciado , fato este que estranhei-me.
Ordena-se que a Guarda Suiça está dispensada temporariamente, a quanto o Sumo Pontificie descansa um pouco para brevemente ir ao encontro do Povo Gesebiano.
Antes de deitar-se, Leão XIV requisita o trancamento da Porta de seus aposentos.
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[center]Leão XIV, retornava-se ao quarto cedido pelo Governo Gesebiano e solicitava ao Guardas Papais que juntamente aos camareiros levassem suas coisas na carruagem ao Porto Comercial de Gardenne para sua viagem prematura de Volta a Santa Sé, devido há alguns impasses internos.
Leão XIV, despedia-se dos empregados Gesebianos que lhe acolheram de maior boa gratitude a abençoava o lugar, em seguida partia juntamente a sua escolta para seu navio que estava atracado desde que chegara.
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O Imperador aborda o Papa antes de sua saída do lado de fora de sua alcova e diz,

Santidade, lamento que não possa ficar para a solenidade de nomeação como Cavaleiro da Ordem de Gesébia, mas esteja certo que o decreto sera emitido e a comenda enviada ao Vaticano.
Santidade, foi uma honra . . .

[center]Imperatore…Imperatore, já estava me esquecendo de agradece-lo pela hospitalidade.
Esteja certo que não me esquecerei, Leão XIV beijava as duas bochechas do Imperador apertando sua mão.
Antes que eu me esqueça Imperador, Leão XIV solicitava ao seu camareiro que trouxesse o bastão imperial que por ventura estava armazenado em um grande baú revestido a Ouro com o Brasão do Vaticano.
Dentre o Bastão, Leão abria-se com uma chave cênica e retirava 2 Adagas raríssimas do tesouro papal que outrora a séculos pertencera ao Glorioso Rei Davi.
Majestade, aceite tais como um apreço do Vaticano por vosso estado e pessoa… particularmente de Leão XIV.
Logo, Leão desembrulhava as adagas que estavam envoltas em um pano de seda vermelho e as amostrava ao Imperador.[/align]

Santidade, agradeço seu imenso afeto pela nossa Patria, espero voltes futuramente a Gesébia, colocarei as adagas em lugar de destaque em meu gabinete.

O Sr. Wellington ira conduzi-lo agora Santidade, faça uma ótima Viagem.

Henry voltou da janta completamente estufado, tamanha a opulência da refeição. Tomou litros e litros de uísque e vinho, juntamente com Leopoldo, e era tarde da madrugada quando o mesmo chegou ao quarto La Luna. Encarou a cama alguns instantes e aproximou-se dela. Sentiu uma repentina falta de equilíbrio e desabou nela, entrando imediatamente em sono profundo.

[center]Ulanos Imperiais de prontidão fecham o Cômodo La Luna por ordem de Silverius.[/align]

Nero chega ao quarto acompanhado de seus dois enfermeiros e Leandro, um dos enfermeiros lhe coloca sentado na cama e o outro guarda sua maleta em um dos armários.
Nero vira-se a Leandro e diz: - Você acreditaria se eu lhe dissesse que o jovenzinho me dispensou para falar com um projeto de monarquista? haha… Ele verá que ainda precisa muito desta carcaça velha ainda Leandro, como o falecido Imperador precisou, quando baterem a sua porta e tal não tiver mais nenhuma alternativa a não ser abdicar, pois é aonde estamos a caminhar devido a essas políticas que ele chama de avanço…além de estar contraindo inimigos poderosos… seu pai era velho mas conhecia muito bem seus nobres, a questão é… Será que o jovem Leopoldo conhece? Obrigado Leandro pela hospitalidade… aguardei ser chamado novamente pelo jovem Leopoldo.

Leandro acenava com a cabeça e dizia: - Sr. Nero, não fique bravo ele ainda é jovem e tem muito de aprender com a política nacional ainda, tenho a plena certeza de que será um ótimo monarca e terá bons conselheiros ao seu redor, com sua licença irei até a cozinha ordenar o preparo do jantar.
Leandro se retirava do quarto em direção a cozinha .

Após sair, Nero balançava a cabeça e pensava - Só espero que estejas certo Leandro, só espero.

Vários serviçais arrumavam o cômodo emprestado por Leopoldo a pedido de Nero, eis que chegam dois ulanos e dizem: - Sr. Nero, vossa carruagem o espera como solicitado com destino ao centro da cidade.
Nero em sua cadeira de rodas solicita a um dos serviçais que levasse algumas de suas malas para a carruagem e a movimentação se inicia.

Nero se dirige frente a janela e pensa: " Aguardo apenas o enfermeiro novo contratado para substituir aquele molenga e seu irmão anteriores e partirei, se Leopoldo não deseja mais de meus conselhos e prefere ser guiado por falsos conselheiros ele que caia com a monarquia, já estou velho demais para ser ofendido ao ponto que fui. "
Logo ascendia um charuto que havia guardado em seu casaco e tragava lentamente.

Leandro adentra ao cômodo e ao reparar tremenda movimentação indaga Nero: Sr. Nero, aonde pensas que vai? em vossa situação seria engolido por essa máfia que assola Gesebia em qualquer canto.
Nero: Leandro, meus serviços aqui não são mais necessários, eu tentei abrir os olhos do filho de meu amigo, creio que já esteja fechado para este velho rabugento aqui… acreditas que fui chamado de rabugento por aquele moleque? Bem… não importa eu não ficarei aqui para morrer de velhice.

Leandro em um toma ameno lhe responde: Sr. Nero, mas eu prometi ao falecido imperador que cuidaria de vossa segurança, posso interceder junto a Leopoldo por vós!
Nero de forma feroz responde: - Ora Leandro, para com esta bobice não desejo nada mais desse jovem insolente, apenas espero que o seu reinado dure um verão, sem mais Leandro meu enfermeiro já deve estar chegando.

Leandro senta-se em uma poltrona vaga e diz: - Pois bem aguardarei aqui vosso acompanhante chegar se assim desejas, não forçarei vossa estadia mais, mas isso é um erro estejas certo disso.

Nero sorri e diz: - Meu caro o erro foi completamente meu ao reaparecer nesse palácio, com meu dinheiro eu poderia ter feito uma viagem ao mundo… preocupações me causaram isso em que estou sentado, mas não há nada do que reclamar de vós, sempre um leal mordomo e amigo… continue como está e se assim desejas até meu acompanhante chegar.

Eis que o novo enfermeiro chega ao cômodo bate na porta e entra, logo após um suspiro diz : Sr. Nero? Sou o novo enfermeiro contratado, lembra-se? Podemos ir.

Nero levanta de sua posição aperta as mãos de Leandro e diz : Fique bem, mantenho contato meu amigo.
Vira-se para o enfermeiro e de modo Grosso lhe diz : Ora estou lhe pagando para que? Ande logo e me leve até a carruagem.

O enfermeiro jovem não demora a acatar a ordem.
Leandro dá uma risada de leve já acostumados com o humor de Nero.

Após alguns dias, é concluída a reforma no comodo para, assim, melhor acomodar o casal governante do Arquiducado.

Tal medida foi adotada para que se preserve intacto os aposentos do Imperador.

Antes do natal

  • Não sei se suporto a pressão de ser uma rainha ou arquiduquesa?

  • Meu amor pouco mudará. A responsabilidade permanecerá a mesma mas a Dugardenha terá maior estabilidade internacionalmente.

  • Tens certeza que irá vê-lo minha esposa? Não considero essa decisão prudente…

  • Irei. Preciso saber algumas coisas.

  • Então tome cuidado e que Deus lhe abençoe. Te seguirei até o Corvo.

Enquanto a Arquiduquesa lê alguns livros de Jean-Martin Charcot e Pierre-Marie-Félix Janet, além de alguns outros tratados sobre histeria e psiquiatria, o Arquiduque Renan lê algumas estratégias navais e alguns manuscritos sobre as invenções de Leonardo da Vinci.

[justify][tab=30]Durante a tarde, dois alfaiates da Crawley Tecidos & Alfaiataria estiveram no Palácio, tomando as medidas corporais do Conde Renan, a fim de produzir-lhe uniformes e roupas de uso diários, além do traje a ser utilizado na cerimônia de coroação de sua esposa, a Arquiduquesa Selma I.[/align]

[justify][tab=30]Desde o início da manhã, o casal de soberanos do Arquiducado recebia a atenção de boa parte da criadagem do Palácio. Com o auxílio de seu valet, Conde Renan vestiu seu uniforme de Lorde-Almirante da Marinha Arquiducal.
[tab=30]Da mesma maneira, com a ajuda suas damas, a Arquiduquesa vestiu-se com um imponente vestido de seda branco. Sobre seus ombros fora posta a Veste de Estado - um manto de veludo carmesim - e, por fim, em sua cabeça fora depositado sua coroa de Condessa.[/align]

O casal, que mal dormira à noite, estranha toda aquela preparação, principalmente a Arquiduquesa.

[tab=30]No comodo anterior ao quarto do Casal Arquiducal, propriamente dito, Sir Richard Caçador conversa com sua afilhada:

  • É incrível! Consegui provas do que suspeitávamos: realmente, o Valeyard aliou-se ao Salvatore para tentar lhe tirar do trono dugardenhano. Creio, contudo, que Salvatore iria lhe matar assim que chegasse perto de você. E o mais impressionante é a participação do Barão de Morais nisso tudo!

  • O quê?! O Barão?! - indaga a soberana - É aliado daqueles criminosos? Não me surpreende que não conseguíamos prender Salvatore à época do Império! Telefonarei para Di Draconi e pedirei a extradição do Barão a ele.

  • Não sei se será necessário afilhada! Pois o Barão era também aliado dos sunerianos ao norte, o que é um crime de traição contra os três reinos gesebianos. - responde Caçador.

  • E como conseguiste provas disso, padrinho? - pergunta Selma, ainda boquiaberta.

  • O Olho vê e o Ouvido ouve. E a Garra mostrou-se protetora mais uma vez também. As investigações não levavam a lugar algum até que um servidor no Palácio do Lobo conseguiu documentos dos reais planos sunerianos. Conseguimos confirmar isso também de papeis gentilmente conseguidos da frota do Khan que está em Leyden. E ali estava o contato dos sunerianos: o Barão de Morais era o principal contato e grande espião deles aqui.

  • Ele foi um dos que planejou o sequestro do Conde Biller, que era homem forte do Império daquela época. E, pelo que sabemos de alguns refugiados sunerianos, a esposa do Barão foi morta por ter descoberto o que seu marido fazia e não ter concordado com isso. E tem muito mais coisas…

(e a conversa se estendeu por toda a noite)