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“Esquadrões de Honra”, apresentado por João Barone, baterista dos Paralamas do Sucesso e pesquisador da participação do Brasil no conflito, é baseada em depoimentos de aviadores argentinos, mexicanos e brasileiros.
Um dos aspectos abordados que mais chamam a atenção é a formação da esquadra argentina, uma vez que o país se manteve neutro quase até o fim da guerra.
Voando com a Força Aérea Real britânica, esses voluntários foram os primeiros latinos a entrar em combate, em 1942, e tiveram papel importante nos preparativos do Dia D, a decisiva invasão da costa francesa, em 1944.
Já os mexicanos foram os últimos a se apresentar. Eles atuaram na Ásia, quando os confrontos na Europa já tinham terminado, mas a participação foi tão rápida quanto intensa, pois enfrentaram os ataques suicidas dos kamikazes japoneses.
Quanto aos brasileiros, que começaram a voar na Itália em outubro de 1944, lhes coube a missão de cortar a cadeia de suprimentos do Exército nazista, o que consistia em bombardear alvos, como pontes e estações ferroviárias, atrás das linhas inimigas.
Eram operações arriscadas, como a narrada pelo piloto Rui Moreira Lima. Certo dia, conta, depois de ser atacado em pleno ar, metralhou um tanque alemão e o destruiu. Na fuga, com o avião avariado, chegou a se preparar para saltar, mas retomou o controle do aparelho e conseguiu pousar num campo aliado, onde contabilizou os projéteis que o acertaram: 57.
Como há poucas imagens de arquivo sobre a participação dos latinos, o diretor argentino Jorge Luis Sucksdorf optou pelo uso intensivo da animação, com imagens que reconstroem com realismo os momentos mais dramáticos.
OSCAR PILAGALLO é jornalista e autor de “A História do Brasil no Século 20″ (Publifolha).
Fonte:Plano Brasil