[center]Capítulo 01[/align]
[font=Papyrus][justify][size=200][tab=30]“
Muito abaixo dos secos planos do mundo, Hiryuu descobriu seu chamado para fazer coisas mais grandiosas que apenas cavar. Uma expedição de mineração no lado oriental dos Skarps deixou-o, juntamente com uma dezena de outros, labutando durante anos. Sem família, casa, ou desejo de aventura, o humilde mineiro gastou longos dias cavando a terra e noites tranquilas observando o céu. Uma manhã, quando a poeira agitada tomou conta do pequeno túnel, ele descobriu uma relíquia do Cataclisma.
Acidentalmente tocando este cristal inócuo, visões perfuraram sua mente de imagens trazidas à vida por seu toque. A partir daquele dia, Hiryuu trabalhou para se redescobrir e aos grandes poderes contemplados naquela visão.”
[tab=30]Eu era um simples mineiro, enviado nesta expedição para procurar tesouros escondidos pela terra. Eu e meus companheiros cavamos, durante dias, meses, anos, cavamos e trouxemos à superfície ferro, ouro, prata, pedras preciosas, que enriqueceram ainda mais o reino que nos esqueceu aqui.
[tab=30]Mas o dia em que encontrei aquele fragmento de cristal… ah, tudo mudou… forças mágicas que eu nunca havia sonhado possuir… “despertaram”… quem, verdadeiramente, sou eu? Por que fui escolhido? Se é que fui escolhido…
[tab=30]Se alguém me escolheu… bem, parecem terem sido meus companheiros… há muito o ressentimento por nossa “pátria-mãe” nos haver esquecido aqui tem crescido. Mas nada podíamos fazer. Agora, porém… agora sinto que posso fazer a diferença…
[tab=30]Abandonamos as montanhas, descendo até o vale. Ao centro do mesmo, uma bela campina, próxima a um Fragmento de Cristal da Vida, pareceu nos chamar. Temos sangue Altariano, o que significa que a aventura nos chama, mas, mesmo nós, precisamos de um lugar para chamar de lar. E este lugar… parece perfeito.

[tab=30]“O momento chegou – o momento a que todas as suas viagens, todas as suas batalhas, todos os seus anos de estudo e esgrima levaram. A fundação de Athica. A capital do Reino de Altar. Agora sua história e a história dos Altarianos – os poucos que o seguem agora, as legiões que se reunirão sob seus estandartes nos dias e semanas que se seguirão – verdadeiramente começa.”
[tab=30]O Reino de Altar há muito fora destruído, durante o grande Cataclisma. Somos alguns dos poucos sobreviventes do mesmo, nada mais honroso à nossa história que tragamos o mesmo de volta à sua antiga glória. Athica era a grandiosa capital antiga, e até hoje as histórias relembram sua beleza e grandeza. Que a Nova Athica seja tão grandiosa quando a Velha Athica foi.
[tab=30]Nos primeiros dias após a fundação da cidade, além de auxiliar na construção, tenho tentado compreender meus novos poderes. Já consigo manipular algumas chamas, e sinto que o ar, às vezes, parece conversar comigo. Quando criança ouvi muitas histórias sobre Feiticeiros que comandavam os elementos, o Fogo, a Terra, a Água e o Ar… aparentemente possuo o Dom do Fogo e do Ar… mas sinto também que ainda há muito que preciso aprender para poder querer guiar meu povo à grandeza.
[tab=30]Com a finalização dos trabalhos, decido que o povo precisará saber se defender, afinal o mundo não é um lugar pacífico, nunca foi, na verdade, mas após o Cataclisma tudo piorou.
[tab=30]Mesmo sem saber muito bem como, ensino alguns dos cidadãos a usarem porretes. Quando preciso, poderemos treinar Milícias para defender nossa cidade.
[tab=30]Da mesma forma, futuros Batedores, equipados com bastões, serão treinados para manter vigilância nos arredores conhecidos, e desconhecidos.
[tab=30]Eu mesmo uso um Arco Curto Bruto, que era de meu pai… lembro do mesmo me ensinando, quando criança, a atirar com ele. Nunca fui muito bom, mas a idéia de atingir qualquer possível inimigo antes que ele possa se aproximar me agrada.
[tab=30]Também temos alguns que serão ótimos Pioneiros, que irão fundar novas cidades quando acharmos locais convenientes.
[tab=30]Com a construção de Athica concluída, me preparo para partir e investigar os arredores, mas, antes, iniciamos a construção de um Mercado, que deverá gerar dinheiro quando for concluído. O mesmo levará, porém, 6 estações para ser concluído.
[tab=30]O Fragmento de Cristal de Vida, ao sul de Athica, também deve ser explorado, por um Altar da Vida deverá ser construído junto ao mesmo. A construção, que deverá levar 5 estações, irá começar assim que o Mercado for concluído.

[tab=30]Mas nem tudo se resolve com um martelo ou uma espada. Reunindo alguns dos estudiosos da cidade, começamos a pesquisa em busca de Conhecimento. Irá demorar, mas seus frutos nos ajudarão no futuro.
[tab=30]Assim, após dar uma última olhada em Athica, me despeço dos outros 30 Altarianos, pego meu arco, minha capa e suprimentos, e deixo a cidade, esperando retornar.
[tab=30]Naquela mesma estação, Primavera de 159, sigo em direção ao norte, passando ao longo de uma matilha de Wargs Selvagens. Eles felizmente parecem tolerar nossa presença, talvez consigamos torná-los nossas aliados, com o tempo. Sigo ao norte, até encontrar sinais, em uma colina próxima, de que um Ogro Banido tem vivido na região. Eu certamente não seria capaz de enfrentá-lo, então por enquanto apenas posso rezar para que o mesmo não desça até Athica.
[tab=30]Continuo seguindo para o norte, e no Verão de 159 chego ao litoral. Encontro restos de uma expedição, e, dentre as caixas semi-destruídas, encontro um item em condições de uso: um par de Grevas Enferrujadas. Não é muita coisa, mas uma proteção a mais sempre é bom.
[tab=30]Seguindo, agora, para o oeste, mais restos de uma expedição, talvez da mesma que encontrei anteriormente. Perco cerca de uma hora procurando nos destroços, até encontrar um Capacete Enferrujado.
[tab=30]Não é muito bonito, é pesado, mas, como já disse, proteção nunca é demais.
[tab=30]Continuo seguindo para o oeste, encontrando uma Matilha de Lobos no caminho. Desvio deles e, no Inverno de 159, encontro uma pessoa.
[tab=30]“
Das Montanhas de Ferro que vim, amigo. Mas a vida de mineiro não era para mim. Nem iria eu servir como esposa de outro, para pegar água ou remendar roupas. Gosto do sentimento de uma arma em minha mão; gosto de ver as coisas que são realizadas aqui, no mundo, enquanto tenho força para tal. Irei descansar, quando estiver morta.”
[tab=30]Irayne é uma Ironeer, forjada pelo duro trabalho nas montanhas. Possuem alta resistência à magia, e mesmo uma saúde melhor que os outros. De alguma forma, Irayne parece saber manipular o fogo, assim como eu… A convido a se juntar a Altar, e ela, para minha surpresa, aceita.

[tab=30]Assim, nós dois decidimos atacar a Matilha de Lobos que encontrei anteriormente. Com a ajuda de Irayne, não deverá ser difícil.
[tab=30]Pego meu arco e me posiciono, pronto para disparar. Irayne se fixa à minha frente, com sua lança em posição. Atinjo o grupo de três lobos, abatendo um. Eles se aproximam e atacam Irayne, que revida, matando outro. Irayne é atacada novamente. E mais uma vez. Vejo pela primeira vez alguém usar magia em combate, quando ela invoca as Mãos Flamejantes e acaba com outro lobo. Faltam dois. Que atacam Irayne mais uma vez. Ela se defende com sua lança, lançando longe o lobo e quase partindo-o ao meio. Finalmente vejo uma brecha, e consigo atirar uma flecha no último lobo. Mas erro! Irayne se aproveita e atinge-o. Vitória!
[tab=30]Aos vencedores, os espólios. Ou assim dizia um ditado de antes do Cataclisma… O fato é que nossa vitória sobre os lobos nos deu experiência, bem como 3 Peles de Lobo. Irayne, infelizmente, sofreu vários ataques, e vai levar algum tempo até se recuperar totalmente… Não sei por que, mas sinto que estou fazendo algo errado…
[tab=30]De qualquer forma, naquela noite sentamos ao redor da fogueira, sentindo soprarem os últimos ventos do Inverno…[/size][/align][/font]