[size=150][font=Times New Roman]Pra contribuir mais um pouco com o debate, trago um treco do artigo que publiquei acima. Acho que traduz bem a insignificância do espanhol do Wagner Moura, que teve 6 meses pra se preparar pra produção e nem em com 1 ano de preparo estaria livre do sotaque.
Por Mário Magalhães.
"Em “Comer, rezar e amar’’, o Javier Bardem faz um brasileiro que não fala português como brasileiro. E daí? O Sean Connery manteve o sotaque escocês mesmo na pele de norte-americano. E o espanhol do Rodrigo Santoro-Raúl Castro, em “Che’’, difere do dos cubanos.
Como estava o russo do Omar Sharif em “Doutor Jivago’’? Não estava. O filme é em inglês, e o do grande ator tem sotaque egípcio.
E o alemão do Tom Cruise em “Operação Valquíria’’? Não sei, pois seu coronel Von Stauffenberg se comunica em inglês gringuíssimo.
O que isso tudo quer dizer? Que sotaque não determina o êxito da interpretação, e sim o conjunto da construção do personagem. E aí o Wagner Moura arrebenta, em mais uma tabelinha com o José Padilha.
De qualquer modo, não acho que seja ilegítimo ou besteira se incomodar com seu sotaque, também no Brasil e ainda mais na Colômbia. Cada cabeça uma sentença.
Enquanto a controvérsia rola no país em que boa parte do público prefere filmes dublados, o Wagner Moura vai se consagrando, inclusive nos Estados Unidos. Vem aí uma promissora carreira internacional."[/font][/size]