[center]Escrita[/align]
Como não é novidade para ninguém, a principal coisa em uma “After Action Report” é justamente a escrita. Para que seu relato seja de boa qualidade, você tem de ter em mente a forma da escrita, coisas básicas que lhe foram ensinados desde sempre e principalmente, sem erros… Bom, esse tópico é sobre dicas de como se escrever, pode se parecer bem com uma aula de português, mas é essencial se estiver interessado em fazer um bom relato.
[center]Parágrafos[/align]
Para começar, algo que aprendemos desde sempre nas aulinhas de redação no colégio primário: os parágrafos. Certo, em uma dissertação existe o mínimo de três linhas e máximo de seis/sete para cada parágrafo, mas como não é nada formal, o mínimo se mantém e o máximo aumenta um pouco. Suponhamos que um texto de vinte linhas é escrito e que ele só possua dois parágrafos. Além de tornar a leitura confusa pela grande quantidade de palavras juntas, o texto não fica nem um pouco estético. Da mesma forma em que um texto de vinte linhas com nove parágrafos fica totalmente fora de padrão e feio de se ler.
[center]Vírgulas, parenteses e travessões[/align]
Essa é uma questão em que a maioria das pessoas costumam deixar de lado ou até mesmo não entendem a diferença, mas faz uma grande diferença para o leitor que entende. Excluindo os travessões em falas de personagens, vamos ao texto comum. No exemplo “Pelé, um grande jogador de futebol, fez mais de mil gols.” temos uma frase formulada com uma sub-frase entre vírgulas. Quando se é empregado vírgulas, é porque a leitura permanece a mesma, sem nenhuma enfase em alguma parte. Substituamos agora as vírgulas pelos travessões: “Pelé — um grande jogador de futebol — fez mais de mil gols.”. Agora, a frase que está entre os travessões possui uma enfase. Sendo assim, existirá uma atenção maior naquela frase durante a leitura. Quando a frase possui parenteses, é porque a informação dentro dela tem menos enfase, ou seja, é só uma informação complementar.
[center]Tempo verbal[/align]
Tenha em mente como será a sua história. Se ela vai ser algo que está acontecendo no presente, se é uma história que já aconteceu ou se é alguma visão futurística. O texto por muitas vezes pode ficar confuso se o tempo verbal for se alterando repetidas e enumeras vezes. Existem AAR’s em que o personagem narra algo que aconteceu e no meio da história ela muda para o presente na mesma situação que estava, sem mudança de cenário. Uma coisa que pode ser feita é utilizar o futuro do pretérito em relatos passados. Por exemplo: “Eu ia lá, e com a benção do Papa, conseguiria fortuna.”. Agora, temos a ideia que era uma coisa que iria acontecer depois do momento narrado, mas que não estaria acontecendo no momento em que ele fala, ou seja, agora, no presente.
[center]Criatividade e repetição de palavras[/align]
Como não poderia deixar de ser, quem faz a história é você, e só você determinará o que vai ou não acontecer. Por isso, é fundamental a criatividade, não existem dicas muito complexas para isso, a única coisa que pode ser dita é ter um bom habito de leitura e uma boa interpretação. É aconselhável também que, se estiver indeciso de como começar o seu relato, comece ele pelo meio. Deixe o começo para depois, porque quando você desenvolve o que está acontecendo, começam a surgir ideias de como aquilo poderia começar e coisas do gênero.
Sobre a repetição de palavras, é de importância vital que não aconteça. É desnecessário dizer que um texto cheio de “ai” ou “tipo” é muito feio de se ler, além de revelar que o escritor teve pouco capricho para com o texto. Se acontecer de não conseguir pensar em outra forma de prosseguir com a história sem repetir a palavra, procure por sinônimos, eles são ótimas válvulas de escape, o “ai” por exemplo pode ser substituído por “então”, “assim”, “logo” e “sendo assim”.
[center]Revisão textual[/align]
É extremamente importante a revisão de seu texto. Essa dica não é somente para uma AAR, serve para uma dissertação, uma tese, uma carta e textos em geral. A revisão nos revela coisas que deixamos escapar anteriormente na hora de escrevermos, podendo assim, corrigir os erros. Claro, alguns podem passar mesmo com a re-olhada, como vocês já devem ter visto muitos comentários de leitores avisando algum erro de português em tal parte. Acontece, mas uma coisa é ter um/dois erro(s) no texto, ter mais de dez é completamente diferente.
No final das contas, as “After Actions Reports” são somente um meio de entretenimento. Se quiser, você pode ignorar essas dicas e fazer como achar melhor. São somente dicas para uma produção de melhor qualidade e que traga mais conforto ao leitor na hora de ler. A última dica é se divirta, afinal de contas, é pra isso que ela serve.
