[INTERATIVO] Cemitério Memorial dos Heróis da Dracônia

[size=111][font=Arial Black]O Cemitério Memorial dos Heróis da Dracônia foi criado logo da fundação de Draco, sendo seus primeiros túmulos os dos companheiros de Alexander Drake que ajudaram a defender o Império dos invasores.

Aqui estão enterrados todos os cidadãos draconianos, não importando se operário que morreu em queda ou patrulheiro no cumprimento de seu dever, todo draconiano merece ter um enterro digno e ser tratado como herói por seu esforço em manter a economia draconiana.

Nesse cemitério foram enterrados também os draconianos mortos na guerra da independência da Romania, após terem seus corpos trasladados do campo de batalha. Aqui também encontra o tumulo do fundador de Draco, Sir Alexander Drake.[/font][/size]

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Deixando a sede da EGCT, o Duque caminha até chegar ao Memorial. Adentrando no mesmo, caminha lentamente por entre os túmulos, até chegar a um duplo em meio aos demais. Apesar de simples como todos os outros, os nomes gravados não deixam dúvida de seus ocupantes. Após ficar algum tempo em silêncio à frente do mesmo, o Duque murmura antes de seguir seu caminho…

  • Fæder… Mōdor…

Antes de deixar o local, passa um tempo em frente a outro túmulo, este um pouco separada dos demais, mas também simples como os demais…

  • Ealdor… Hraðe hīe willa wesan hēr… - murmura e, após, sai do Memorial e segue em direção ao Palácio dos Dragões…

Richard vão até o cemitério de Firgen, aproveitando o final de domingo melancólico. Enquanto isso medita na sua vida e no que ainda deseja para si e para Gesebia.

Reclinado, silencioso, sobre a esquina de um dos túmulos, Divilly espera o grupo de sete homens aproximar-se de si. Estes não estão menos discretos, envoltos pelas vestes volumosas tão apropriadas àqueles ares. Cumprimentando-os, o Comendador divaga sobre alguns assuntos corriqueiros e escusa-se do âmago daquela reunião até realocar-se seguido deles, um quarto de hora depois, para a sombra de uma cerejeira frondosa.

-Os cavalheiros saibam que mui alegre fiquei ao conhecer novas suas. O atraso do navio valeu-me considerações até então latentes; os republicanos que frequentemente inquietam o Governo fracassaram em angariar comoção popular: os bárbaros tomaram-lhes o galardão. Monsieur Berglund certamente vos explicou. Apenas transferi o papel principal de nosso teatro.

-Viajando para o norte, os senhores encontrarão noutra das muitas maltas que infestam esta maquilada nação. Em virtude de meu vínculo a eles, servirei-vos como ponte para as negociações. Agremiem os demais e separem-se em conduções diferentes para Myrce; encontrarei-vos às portas de Wician-dun, uma cidade à oeste da fronteira com a Romania. Montevaux, és amigo daquelas bandas, pode guiar os demais.

Os sete deixaram o Comendador e partiram.

[size=150][font=Garamond Bold]

[justify][tab=30]- Sargento Cristian Hopkins, Oficial Marcos Scott, Patrulheiros Sam Worthington, Douglas Redwing, Tiago da Costa, Mário Limberg, Sandro Gama Dutra, Fernando Huskclaw, Peter Debaucherry, Wilson Karlson, Alan Tommasi, Gerard de Montfenrir, Andrea Bragatti, Alexei Petrovich, John Ravenstorm, Recrutas Paulo Tarso Júnior, Donovan Talbott, Bernardo San Felice, Xavier Montezuma, Corbin Bleu… 20 bravos homens. 20 Patrulheiros. 20 heróis que merecem esse nome e merecem ser enterrados aqui. Morreram enfrentando um inimigo covarde que os atacou com sete vezes o seu número. E mesmo em tal desvantagem, não desistiram, levando consigo quatro inimigos para cada Patrulheiro caído. Mas esses 20 heróis não mereciam ter morrido. E por que morreram? Há meses, uma sombra negra têm se erguido no horizonte. Uma sombra chamada guerra. E mesmo tendo sido avisados pelos sunerianos desse perigo, o que fez o governo??? Eu lhes digo, nada! Com muito custo aprovamos a criação de uma Legião Estrangeira, mas onde ela está? Eu lhes digo, está apenas sugando dinheiro de impostos e fazendo o povo pensar que o governo está fazendo algo!

[tab=30]O Duque suspende seu discurso por um momento, enquanto a população que lotava o Cemitério concorda com suas palavras.

[tab=30]- Enquanto a Gardenha e a Romania se escondem atrás da Dracônia, ao mesmo tempo eles ficam com mais impostos. Por que a Romania, que há um ano pegou em armas contra o Império, deve receber mais impostos que a Dracônia, sendo que arrecadamos muito mais? Será porque o Chanceler é filho de um traidor romaniano?? Será porque quer ver a Dracônia cair para assim não ter oposição no resto do Império???

[tab=30]O discurso inflamado faz com que a população responda da mesma forma, até que o Duque erga a mão, pedindo silêncio.

[tab=30]- Na verdade, não importa. Afinal, sempre foi o Império que precisou contar com a Dracônia, e não o contrário. Se o Império lava as mãos e prefere ignorar que uma guerra está se aproximando, que seja. A Dracônia tomará esse assunto em suas próprias mãos! Mais nenhum draconiano morrerá por inércia do governo. Se morrer, será em defesa de sua terra e de sua família! Se morrer, será um herói que lutou pela liberdade e contra um inimigo que procurou essa guerra! E cada herói draconiano que morrer, será vingado cem vezes!!!

[tab=30]Apesar do clima triste, os presentes explodem com gritos de “Viva a Dracônia!” e “Vamos à Guerra!” e similares, e o hino draconiano começa a ser entoado:[/align]

[center][i]Se a guerra escolher como palco
As montanhas do nosso Império
Levarei minha fé e minha força
Junto a mim estará o meu fuzil

À altitude e ao ar rarefeito
Adaptado tornei-me, assim
Eu sinto que sou parte delas
E que elas são parte de mim

E nos dias do desbravamento
Nós lutamos com muito vigor
Nós subimos, escalamos montanhas
E os que ficaram escutam o fragor

O meu grito de guerra é montanha
E montanha responde o rochedo
Vencerei o inimigo com garra
Sou guerreiro que luta sem medo

Escalando as paredes de pedra
Hei de ver a vitória chegar
E do alto contemplo o horizonte
A planície, o planalto e o mar

E lutar bem mais perto do céu
Esta é minha nobre missão
Minha alma se eleva ao topo
A seguir os meus pés lá estarão

O meu grito de guerra é montanha
E montanha responde o rochedo
Vencerei o inimigo com garra
Sou guerreiro que luta sem medo[/i][/align]

[justify][tab=30]Após o hino draconiano ser entoado, a cerimônia prossegue com o enterro dos corpos dos Patrulheiros.[/align][/font][/size]

[font=Palatino Linotype][size=150]- Belo discurso, meu amigo! Belo discurso! Como compositor de nosso hino, sabes qual a parte que eu mais aprecio? Esta aqui. - Disse o Visconde de Firgen entoando uma estrofe do hino.

[center]“O meu grito de guerra é montanha
E montanha responde o rochedo
Vencerei o inimigo com garra
Sou guerreiro que luta sem medo”
[/align]

  • Uma coisa é certa, Alexander: cedo ou tarde, as vidas destes bravos heróis draconianos serão vingadas![/size][/font]

[justify][tab=30]- Dizem que a guerra é o mal do mundo. E é. Sabes que sempre procuro o diálogo, mas quando um irmão é ferido, e sem provocação, não… isso não posso tolerar! Quando Sir Drake explorou estas montanhas - cujo diário tenho transcrito e logo deverei concluir o trabalho - ele foi atacado e teve que rechaçar estes mesmo rebeldes que hoje nos atacam novamente. Mas e os demais povos das montanhas? Nos receberam bem, e hoje boa parte dos draconianos têm descendência deles. Os próprios sunerianos foram recebidos de braços abertos quando quebraram seu isolacionismo. Mas estes rebeldes têm nos atacado seguidamente, e nunca procuraram dialogar. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido” diz o ditado. Ou, como disse o grande físico Isaac Newton, “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”. Assim é a vida, e assim será. Só espero que o povo não se volte contra os sunerianos, que têm se mostrado pacíficos e procurado manter boas relações conosco.[/align]

Otgonbayar junto com seus 10 companheiros. Observa o duque falando, ate que um do companheiros rirem mas logo Otgonbayar olha para o mesmo, dar uma leve cotovelada para mesmo parar.

-Quer morre ou que?

Logo continuo observa.

- Sendo franco contigo, Alexander… pelo que tenho visto de um tempo para cá, acho mais fácil o povo se revoltar contra o Império ou o governo por sua inércia e abandono à Dracônia, do que contra os sunerianos.

[justify][tab=30]- Espero que nenhum dos dois aconteça, meu amigo. Já temos mais que o suficiente para nos preocuparmos.[/align]

- Ambos esperamos meu amigo, e se não fizermos algo logo ambas as coisas podem se propagar.

[justify][tab=30]Ao amanhecer, o corpo da Baronesa de Morais deixou o DragonHall e seguiu, acompanhado de centenas de pessoas, até o Memorial. Sabendo serem católicos, um padre deixou algumas palavras, tentando consolar o Barão, que acompanhava tudo em silêncio, acompanhado, ao longe, por alguns Rangers. Os maiores nomes da Dracônia, bem como das demais nações e mesmo de além da Ilha, acompanharam tudo até os trabalhos serem encerrados e as pessoas começarem a se despedir.[/align]

Durante a cerimônia, o Conde e a Condessa compareceram, e após o Conde falar com alguns Rangers, o casal seguiu para consolar seu velho amigo.

Julio não conseguiu conter as lágrimas enquanto o caixão era descido.

Após a cerimônia, rangers se aproximaram de Julio enquanto o mesmo era amparado por seus amigos.

  • Não irei me esconder de minhas responsabilidades, espero que o Tenente esteja bem, agora mais calmo vi que a perda de uma vida não justifica a perda de outra. Não quero regalias a mim pelos cargos que já ocupei, responderei pelos meus atos com dignidade. Cumprirei a pena a mim imposta. Só peço uma coisa, não meçam esforços para encontra minha filha Julia.

Dizendo isso, Julio é algemado e levado de volta ao Departamento de Polícia de Firgen.

[tab=30]Um homem alto se aproxima lentamente de um senhor de idade avançada e estatura baixa, que olha melancolicamente para uma lápide:

  • Temos alguns dados mas ainda não temos um plano com a população após o fato acontecer.

  • Isso eu providencio. - a fala como uma punhalada - O que a população ganhou com a guerra? Dinheiro? Isso foi só para os amigos do Rei. - o outro homem nada fala durante os eternos segundos de pausa - O povo só ganhou corpos e lápides. Meu filho - o senhor engasga com o choro retido - hoje é somente um punhado de cinzas dentro de uma urna enterrado aqui nesta lápide.

  • Nós apoiaremos isso e faremos o necessário para que isso não aconteça mais. Tenha certeza disso. E agora temos mais aliados.

[justify][size=150][font=Garamond Bold][tab=30]Uma leve garoa começava a cair quando o funeral terminava, como se o próprio tempo chorasse a morte de Alexander.

[tab=30]Muitos quiseram participar, mas por questões de segurança apenas a família, os amigos mais próximos e os principais nomes do Reino foram permitidos. A tristeza pairava no ar, quanto o caixão era depositado no chão, e Yama e Akemi jogavam flores e um pouco de terra na cova, despedindo-se de seu pai.

[tab=30]O silêncio pairava no ar, mesmo durante a fala do padre e do depoimento dos amigos, entrecortado somente por alguns soluções e choros.

[tab=30]Por um longo tempo após o túmulo ser fechado, os irmãos ficaram, lado a lado, em silêncio, despedindo-se de seu pai. Sabiam que o caminho à frente seria tortuoso, mas sabiam também que, se seguissem o que ele lhes ensinara, isso tornaria tudo mais fácil. Leram, uma última vez, a inscrição na lápide, antes de deixarem o cemitério:[/font][/size][/align]