
[center]IMPÉRIO GESEBIANO
Poder Judiciário
Gabinete do Juiz da Suprema Corte
Município Neutro de Gardenne, 13 de Outubro de 1890
Depoimento nº 01/1890[/align]
Depoente: Wellington Antonius di Medeiros
No dia 06 de outubro de 1890, esteve presente o sua graça o Visconde Wellington Antonius di Medeiros para prestar depoimento na presença do Juiz Imperial sua excelência Julio Cesar Prudente de Morais, depoimento esse transcrito abaixo e assinado pelo depoente:
Indagado pelo juiz sobre os motivos que o levaram a sair do império e retornar o depoente mencionou que o fato de ver que o Governo decidiu adotar uma política isolacionista o deixou deveras transtornado e que a inoperância do poder legislativo o desmotivou mais ainda a viver no império, mas acabou por decidir voltar para o Império quando soube da renovação do Senado e o surgimento da Revolução Industrial.
Sobre o atentado contra o imperador ocorrido no Theatro o mesmo afirmou que se tratava de uma armadilha do senhor Nero de Bragança e Orleans e que esteve presente ao Theatro a convite do mesmo; transcrevo abaixo a fala do Visconde:
“O Theatro? bem essa foi mais uma armadilha do Sr.Nero, eu fui convidado por ele para comparecer a abertura do Theatro, … mas me dirigi ao Camarote Imperial pelo Sr. Nero, creio que o mesmo também direcionou os outros ilustres convidados para lá.”
Quando questionado de quem seria a responsabilidade sobre a segurança dos presentes o visconde disse acreditar ser de responsabilidade do proprietário, nesse caso, senhor Nero de Bragança e Orleans.
Quando questionado sobre o encontro dele com o em Sr. Nero em sua pousada o Visconde disse:
“…esteve em minha pousada por livre e espontânea vontade, o mesmo me “convidou” ou melhor dizendo, me coagiu a ir para o Piemonte passar alguns dias com Sua Majestade, devo admitir que acabei indo para o Piemonte pois desejava por devéras discutir alguns assuntos políticos com Sua Majestade.”
Completou por dizer que acreditava que sua majestade não sabia do convite e que a ideia partiu mesmo do senhor Nero.
Sobre a viajem e a estadia em Piemonte o visconde mencionou:
“Sr. Nero estava visivelmente preocupado e escondia alguma coisa, houve um momento onde ele se atrasou para se juntar a comitiva, creio que tenha sido na parada em Saint Depoux.
Após chegarmos no Palácio dos Inválidos o Sr. Nero não se uniu a nós, ele estava em constante movimento junto do seu guarda costas, um membro dos Hulanos com um caráter questionável, ele fazia tudo para o Sr. Nero, Sua Majestade no entanto parecia totalmente alheio a ameça dos terroristas, ele também notou que o Sr. Nero estava estranho mas não elaborou nenhuma hipótese pelo que eu me lembro.”
Sua graça Wellington mencionou não estar em Piemonte no dia do ataque, mas que partiu para Áquila assim que soube do seqüestro de sua majestade, seguindo acontecimentos nas palavras do mesmo:
“…fiquei sabendo da prisão do Imperador e fazendo uso da minha farda eu adentrei ao Palácio Real buscando informações e se possível libertar Sua Majestade, eu vi o Sr. Nero reunido com os Militares Romanianos e após uma noite me esgueirando pelos cantos eu consegui ter a certeza de que o Sr. Nero estava por trás de tudo, ele admitiu isso em algumas conversas com os Comandantes e com alguns membros da ordem responsável pela Morte do Rei Philippus, creio que o Sr. Nero ordenou a morte do mesmo já que ele admitiu em uma conversa que tudo estava correndo como o planejado,…uma patrulha Romaniana chegou na Mansão e declarou a minha prisão, tentei convencê los que era um erro mas foi em vão. Eles me levaram para a Base em Áquila e lá eu fui torturado por um oficial membro da Ordem que atentou contra o Imperador e matou o Rei, ele tentou me forçar a dizer onde o Imperador estava, eu dei a ele uma falsa pista mas não adiantou ele acabou por retirar parte da minha perna com um dos aparelhos de tortura… a tortura só foi interrompida quanto um oficial de alta patente que havia servido comigo no passado apareceu, mas não antes de o meu fiel secretário (Jonathan Archer) ter sido assassinato na minha frente pelo meu torturador.”
Sobre sua o motivo de se juntar a revolta e sua real participação o visconde mencionou:
“Eu recebi a oferta de me unir aos Militares ou ficar naquela prisão, eu decidi apoiar os Militares pois pretendia firmar um acordo de paz com o Império, eu não queria a guerra, eu pedi aos Militares que me deixassem mediar um acordo de paz mas fora tudo em vão. Eu acabei assumindo uma das tropas romanianas e fui enviado para o Norte, eu acabei enviando um apelo ao Palácio Imperial quando me dirigi para a fronteira, eu solicitei um acordo de paz para tentarmos impedir uma chacina, mas não fui respondido e ao ver que aquela guerra já estava perdida eu tentei poupar a vida daqueles soldados que pensavam lutar pela Romania e me rendi as Forças Imperiais.”
Ao ser questionado se sabia quem havia ordenado tal tortura e a morte de Jonathan Archer, o visconde respondeu:
“eu desconfio que o Sr. Nero tenha ordenado a minha tortura já que ele sempre me odiou por não me submeter as ordens dele e claro por eu ter me intrometido no plano dele”
E com essa ultima afirmação o Juiz Julio Cesar Prudente de Morais encerrou o depoimento que segue assinado pelo depoente confirmando sua veracidade em tudo que aqui consta.
[right]Sua Excelência,
Julio Cesar Prudente de Morais
Juiz da Suprema Corte Imperial Gesebiana[/align]
Sua Graça
Visconde Wellington Antonius di Medeiros