Palacete Púshkin

[justify]O Palacete Púshkin é a mais nova aquisição do Dr. Ródion Desslock-Yefimov. Do fim de seu mandato como Juiz da Suprema Corte Imperial, decidiu retornar à Firgen, mas o seu apego ao Palacete Desslock, na Baixa Gardenne, pela sua magnânima biblioteca, e é claro: a política, não permitiram que abandonasse a capital por completo, decidindo por construir um novo Palacete em Firgen. Ródion intercambia períodos vivendo em Gardignon, e em Firgen. O nome do Palácio se deve ao poeta russo, Aleksandr Púshkin.[/align]


[center]Ródion Desslock[/align]

[spoil][font=Times New Roman][justify]Ródion Nicolaiovich Desslock é o primeiro de sua família nas terras da Gesébia. Há a possibilidade de um avô seu, Floriano de Campos ter visitado Gesébia, pois por anos foi Diplomata e mais tarde Ministro de Relações Exteriores no Império Brasileiro. O pai de Ródion, era Nicolai Mikhalkovich Deslokov, industrial russo famoso por ter sido grande financiador da construção da malha ferroviária St. Petersburgo-Moscou. Sua mãe era Ofélia de Campos, filha de Floriano(mencionado acima), e foi a primeira mulher a ingressar na Universidade de Coimbra, com indicações de professores brasileiros. Ródion nasceu em São Petersburgo, na Rússia, em 1848, durante uma viagem de seus pais. Cresceu no Rio de Janeiro, era visto como um gênio pelas pessoas próximas, apesar de não ser um, apenas inteligente, com curiosidade e facilidade de assimilar informação. Aos 16 anos, em 1864, alistou-se no Exercito Brasileiro, e serviu na Guerra do Paraguai. Retornou em 1866, após ser baleado cinco vezes em batalha. Retornou para casa, como Primeiro Tenente, mas não queria seguir carreira militar. Assim como toda a juventude da elite brasileira n’aquela época, foi à Coimbra estudar direito,(Formou-se em tempo recorde, em 2 anos e 5 meses, tendo se formado em 1868.) durante o mestrado, se desiludiu com o Direito, e passou a viajar pela Europa e Américas buscando informação. Seus interesses amplos, antropologia, história, geografia, sociologia, música, pintura, escultura,geologia, física, biologia e química, ciências politicas, sociais e militares, e por fim, sua grande paixão: a literatura, romances novelas, poesia, prosa e qualquer outro tipo… É valido de nota que seus interesses o levaram à presença de muitas grandes pessoas, chegando à Victor Hugo, Alexandre Dumas Pai, Machado de Assis, Tolstoi, Dostoievski e Tchekov, Jean Sibelius, e além de muitos outros, chegou à Pedro II, a quem admirava desde tenra infância. É ateu abertamente, e não esconde certo desprezo pelas ordens secretas, como a maçonaria. É um homem cético e cínico. Amante das idéias de Maquiavel. Caracteriza-se como alguém avido por poder, e acredita que conhecimento é poder, mas não só conhecimento como poder geral. Admirador profundo do já citado Pedro II, assim como de Napoleão I, Bismarck, Benjamin Disraeli e do Kaiser Guilherme I.
Retornou ao Brasil em 1870, e conheceu sua futura esposa. No Brasil, então, ele passou a exercer o Direito, e a escrever. Participava de saraus, e conheceu muitos intelectuais da época. Tornou-se Secretario do Presidente da Província de São Paulo, tomando conta de obras e alvarás da Província. Abandonou a advocacia privada e passou em um concurso para Promotor. Ficou assim até abandonar o Brasil em 1889.
Se casou aos 22 anos, com Amélia Albertina de Salles. Casou-se em 1870, e ao chegar em Gesébia, já desfrutavam de 20 anos de casados. O primeiro filho do casal, Seryozha, nasceu em 1871(20 anos, em 2015/1891), e o segundo, Aleksandr em 1876(15 anos, em 2015/1891). Abandonou o país que ama por causa da ostensiva repressão aos monarquistas após o Golpe de 1889. Ele chamou alguns companheiros para virem com ele, como Joaquim Nabuco, e Machado de Assis. Teve de fugir apressado do Brasil, por cause de suas relações com redutos monarquistas e com a Guarda Negra, assim, levou pouco dinheiro para Gesébia, mas com isso não se preocupa, acreditou que vai facilmente conseguir algum trabalho bem assalariado baseado em seus conhecimentos. Viveu alguns dias em Porto Cisalpe, mas depois de terminar a passagem na alfandega e ganhar legalidade permanente, foi para a Marca da Draconia, em busca de reacender sua herança de industrial e minerador, herdada da família do pai. É bem conhecido, que chegando à Gesébia, amou aquela terra como se ali tivesse nascido e crescido.
Ele não demorou a por em pratica seus oficios, abriu a Assessoria Jurídica Desslock, em Firgen assim que chegou e teve um considerável sucesso. Depois de completamente naturalizado, engajou-se em politica, fundando o Partido Nacional Libertador da Gesébia. Pouco depois, o Chanceler Aidan von Valeyard apontou-o para o cargo de Secretario da Fazenda, e por isso estará se mudando, junto de sua empresa para Gardignon, onde poderá administrar melhor seu partido e exercer seu cargo de Secretário.
Recentemente foi convidado a entrar para o Partido Progressista, convite que aceitou, fechando o seu Partido Nacional Libertador da Gesébia. Quando o Juiz Imperial renunciou, foi apontado para o cargo. Em detrimento do tio, Yefim Pavlovitch Deslokov, que ascendeu à fidalquia, tornando-se o Barão Yefim Pavlovitch Deslok-Yefimov, Ródion, como escolhido para ser o segundo na linha de sucessão, por um dos filhos de Yefim ter sido deserdado, agora possui o nome Yefimov, como último nome.

Atualmente, está casado há 21 anos, com Amélia Albertina de Salles-Desslock. Tem dois filhos, Seryozha Rodionovitch Desslock Yefimov, que aos 20 anos, agora estuda na França, Medicina. E Aleksandr Rodionovitch Yefimov, de 15 anos, que vive com os pais. Seus pais faleceram, Nicolai em 1881, e Ofélia em 1879.[/align][/font][/spoil]

Uma carta com o selo da Dracônia é entregue:

O carteiro deixa uma carta na caixa de correio.

Uma carta é entregue, com o selo da Dracônia na mesma:

Um jovem rapaz, trajando terno preto, chega até o Palacete Púshkin e entrega à um serviçal um envelope contendo a seguinte mensagem…

[justify]Após os três dias na Baixa Dracônia, Ródion retorna à Firgen exausto. Ele entra em casa, já está escuro, mas ele não vai dormir. Ele fala com o filho que o esperava no hall de entrada, e depois com a esposa, que estava no quarto do casal. Então, com um copo de água e seu cachimbo aceso, ele vai à seu escritório. Ele dispõe suas anotações sobre a mesa, e então inicia a escrita da Resolução 01/1891 da Baixa Dracônia. [/align]

[justify]Ródion, vagueando pela casa durante a noite, está sofrendo. Sua tísica voltou à atacar, seu lenço, antes branco, está rubro com o sangue tossido. Ródion deixou cair a bengala, encostou-se à parede, e deslizou par ao chão, onde sentou-se para retomar o fôlego. Olhou para o corredor que levava ao quatro do filho, Aleksandr, e para o seu quatro, onde dormia sua esposa, talvez, em breve viúva."Deuses, a tuberculose é cruel, não me deixas nem despedir-me?"Ele, então, se levanta e senta-se em sua poltrona, onde adormece, no dia seguinte acordaria ainda com fortes dores no peito, e o sangue escorrido pela blusa.[/align]

[justify]Pouco após o escurecer bateram à porta. Zinoviev, leal assistente do Sr. Desslock-Yefimov, abriu a porta. Zinoviev quase dismaiou. Toda a gente na casa, veio correndo após o anuncio de Zinoviev, ora, que visitante ilustre! Não o ilustre comum, o ilustre mundano, outro ilustre, um célebre familiar, um orgulho familiar que retornava. Há aquele ditado: “O filho pródigo a casa torna”, mas neste caso, não era um filho pródigo, muito pelo contrário, um orgulho que retornava para sanar as dúvidas e os medos do Sr. Desslock. Seryozha, doutor jurista aos 20, vinha dar paz à Ródion, que agora não mais temia a tuberculose. [/align]

[justify]Ródion, com um copo de uísque na mão esquerda, uma carta aberta na outra, estava de costas para uma janela, o vidro esbranquiçado pela neve que caía do lado de fora. Ele olhava para o filho, Seryozha, que estava sentado em uma poltrona e fumando um cigarro. [/align]
[justify]— Seryozha, eu conheço seus ideais… Mas, faça isso como um último pedido de seu pai. Esconda-os pelo bem de sua mãe e seu irmão. Você sabe que estou morrendo, eu fui franco, dificilmente viverei mais um ano, e apenas com medicamentos pesados.
— Certo, pai. Ainda que me doa, atenderei seu pedido. Agirei por você, adotarei seus ideais, por você, minha mãe e Aleksandr.
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[justify]O Palacete Púshkin estava agitado nos últimos dias. Com o cataclismo, várias avarias foram feitas no prédio, e uma reforma foi rapidamente organizada. Principalmente nos fundos, as avarias foram nas colunas estruturais, mas por sorte, foi rápida a restauração. Enquanto avaliava o estado do prédio, e organizava suas coisas para a viagem que faria de madrugada, para Gardignon, pensava em como estaria o Palacete Desslock, e ainda mais na Biblioteca Machado de Assis.
Enquanto isso, Seryozha, passou os dias após os sismos ajudando pessoas a reerguerem suas casas, e a limpar as ruas da cidade. Nos últimso dias, Seryozha montou um posto de saúde improvisado com outros voluntários, para atender feridos. Mas, agora, o serviço dos voluntários está praticamente acabado, e Seryozha retornou à sua rotina, estudar a história e a política de Gesébia, principalmente.
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[justify]Após inúmeras vezes a viagem à Gardignon ser adiada, devido à saúde do Senhor Desslock, finalmente, ao lado do filho, ele partiu. Com os cabelos, já não mais grisalhos, e sim alvos, incomum para sua idade, e portando apenas uma maleta de bagagem, ao lado do filho, também com apenas uma maleta, embarcaram em um cupê em direção à capital do Império.[/align]

Uma carta chega à residência:

Um Ranger bate à porta e, após ser atendido, entrega um bilhete em nome do Duque.