Mas fatos recentes mostraram que escolha foi errada, segundo Cameron.
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O premiê britânico, David Cameron, admitiu nesta terça-feira (22), em discurso no Kuwait, que o Reino Unido apoiou regimes autoritários na região do Golfo Pérsico no passado para “preservar a estabilidade” na região. Ele disse que agora estava claro que essa estratégia foi errada.
"Por décadas, muitos argumentaram que a estabilidade pedia regimes altamente controlados, e que reformas e abertura colocariam a estabilidade em risco.
O premiê britânico, David Cameron, dá entrevista nesta terça-feira (22) no Kuwait (Foto: AP)
“Então, seguindo o raciocínio, países como o Reino Unido enfrentaram uma escolha entre nossos interesses e nossos valores. E, para sermos honestos, temos de admitir que algumas vezes tivemos de fazer esses cálculos no passado. Mas eu digo que era uma escolha falsa. Como os recentes eventos confirmam, negar às pessoas os seus direitos básicos não preserva a estabilidade, muito pelo contrário”, disse.
Em fala diante do Parlamento do Kuwait, Cameron celebrou os protestos populares que se espalham pelos países da região.
“A história está sendo feita na sua vizinhança”, disse. “Não como resultado da força e da violência, mas com gente procurando seus direitos, e na vasta maioria dos casos pacifica e bravamente.”
Ele disse que os britânicos vão apoiar os manifestantes que lutarem pacificamente pela liberdade e pelo regime da lei.
O premiê havia visitado na véspera o Egito, onde uma revolta popular derrubou o regime do ditador Hosni Mubarak no início do mês.
O Kuwait é considerado a democracia mais avançada e democrática da região.