Salão de Reuniões

Martha busca as bebidas que são prontamente entregues pela nova copeira, que começou a trabalhar a dois dias. Minutos depois alguém chamou a copeira avisando que havia uma emergência com seu filho.

[justify]Caminhando pelo corredor até a sala de reuniões, o Conde adentrou a sala, cumprimentando cada um dos presentes. Lembrou-se que a última vez que esteve ali fora na fatídica ocasião da queima do Pacto Federativo. A despeito disso, cumprimentou o Chanceler e se sentou.[/align]

[font=Garamond][size=150]Senhores, já esperamos o suficiente, está na hora de começarmos.

A saúde de Sua Majestade está cada vez pior, nem eu tenho conseguido contacta-lo e isso é por deveras preocupante. Extra oficialmente estamos em guerra, mas ainda não fora feita uma declaração formal de guerra aos grupos que recentemente nos atacaram, essa situação não é nada confortável para o Governo, não queremos uma guerra mas não nos submeteremos.

O Chanceler fez uma breve pausa e tomou um pouco de chá.

Devido a esses fatores eu venho pensando na possibilidade de indicar um Regente, para assumir a Chefia de Estado e fazer uma declaração formal de guerra para que as nossas tropas possam pacificar o deserto. Eu vejo apenas um único candidato apto a exercer tal função, esse candidato seria o senhor conde René, mas antes de fazer essa indicação eu gostaria de saber se os senhores aprovam esse ato que tem profundas implicações sobre o futuro do nosso regime. Duque e conde, por favor se manifestem. [/size][/font]

[justify][tab=30]- Vejo que finalmente decidistes tomar uma decisão coerente, caro Chanceler. - inicia o Duque - Nossa Constituição tem sido cada vez mais retalhada pelas picuinhas políticas de grupos que apenas pensam em si próprios do que no bem do povo, mas a cláusula da Regência foi, felizmente, aceita. De fato, como a saúde do jovem Cāsere não tem mostrado sinais de melhora, urge, mais do que nunca, um Regente apto a desempenhar suas funções, alguém que preze pelo bem do Império invés do favorecimento de certos grupos. Apesar de nossos desentendimentos passados, tenho total confiança de que meu amigo René poderá cumprir de forma satisfatória tal posição até que o Cāsere se recupere. Foi por isso que renunciastes à Procuradoria, seu velho fanfarrão? - diz o Duque, encarando o Conde de Dunnord.[/align]

Desculpem-me pelo atraso, meu choffeur errou o caminho. Mas, enfim, aqui estou. Perdi alguma coisa?

Boa noite excelência, eu expliquei ao duque e ao conde o motivo desta reunião, bem, eu convoquei essa reunião pois a saúde de Sua Majestade é crítica e não sabemos quando ele melhorará, tendo conhecimento desse fato e o aumento das hostilidades no deserto, decidi indicar o Conde Biller para o cargo de Regente, mas antes de oficializar isso eu gostaria de ouvir a opinião do conselho.

[font=Palatino Linotype][size=150][justify]- Claro que não, Alexander… - Disse René rindo consigo mesmo. - Deixei a Procuradoria em virtude da sobrecarga de funções aqui na Gardenha. E…

Naquele momento, o Conde foi interrompido pela chegada do Juiz Imperial. Continuou então:

  • Bom, como eu dizia, não foi por isso. E me surpreende essa indicação de Sua Excelência, Chanceler. Agradeço o voto de confiança sobre mim depositado. Tanto o seu quanto o de Alexander. É claro que me dói o coração ter que aceitar a Regência. Mas se é para o bem da Nação e do Povo, assim concordo. Espero que Sua Majestade se recupere em força e saúde o quanto antes.[/align][/size][/font]

[font=Garamond][size=150]É ótimo ouvir isso excelência, antes de encerrar essa reunião eu gostaria de lhe pedir que faça a declaração de guerra o quanto antes, precisamos restaurar a paz naquela região e iniciar a exploração do Grande Deserto.

Duque, por favor envie uma mensagem ao Governo Suneriano, diga a eles que o Império está tomando as devidas ações para ajuda los, eu gostaria de pedir a todos que não se afastem da capital, nos reuniremos mais vezes devido a instauração da regência.

A reunião é interrompida pela entrada de um soldado que entrega um bilhete ao Chanceler.

Interessante, vejo que o emissário dos sunerianos se encontra em Firgen, parece que foram atacados, lastimável, mas aconteceu em boa hora. Di Draconi fale com esse emissário, talvez os sunerianos queiram ter alguém aqui representando os seus interesses… bem não cabe a mim decidir isso e sim ao senhor, Regente - diz o Chanceler ao sorrir para o conde.[/size][/font]

[justify][tab=30]- Bem, Chanceler… na realidade já conversei com Ekhtuya e estou a par dos fatos. Da mesma forma, o Comandante Wilhelm também está inteirado, pois se encontrava em Firgen no momento. Tenho todos os dados disponíveis aqui comigo, caso Vossa Excelência e o nosso futuro regente queiram tomar conhecimento dos mesmos.[/align]

Excelente, excelente. Precisamos de unidade nacional, para lutarmos contra esses bárbaros do oeste, e a Regência cairá como uma luva. Desejo-lhe bom trabalho, von Biller, pois sou certo de sua competência.

Pois bem duque, nos diga qual é a situação no deserto, os sunerianos obtiveram algum avanço?

[justify][size=150][font=Garamond Bold][tab=30]- O único avanço que tiveram graças à Vossa renúncia em conceder apoio quando nos solicitaram foi ter duas vilas e cerca de 5.000 pessoas massacradas pelos rebeldes, caro Chanceler.

[tab=30]Ante o assombro dos presentes, o Duque continua:

[tab=30]- Descontando esta tragédia, que poderia bem ter ocorrido em qualquer cidade do Império, tenho números aproximados sobre as forças do deserto. - diz o Duque, pegando alguns papéis e distribuindo aos presentes.[/font]

[justify]- É, como eu temia… O tempo urge contra nós… Não quero instaurar um delírio belicoso coletivo, como penso que uma declaração de guerra iria causar. Temos que ser meticulosos antes de tomar uma atitude. A nossa economia sofreu um forte abalo com a catástrofe. Com uma guerra, poderemos perder no comércio mundial. Estejam cientes disto. Creio que a prioridade inicial é defender as cidades sunerianas com algum destacamento. Enquanto isso, nós prepararemos nossas armas. Talvez fundir as forças regionais com os Fuzileiros… Um conjectura, eu sei. Sei que, internamente, este Império se manterá pacífico de um modo ou de outro.[/align]

[justify][tab=30]- Bem, o que a Dracônia pode fazer, que é fortalecer as fronteiras do Império, está sendo feito. Bases foram construídas em todas as cidades fronteiriças, Patrulheiros foram recrutados, armamento foi adquirido. Mas, como já comentei, se um exército de 50.000 inimigos, por mais arcaicas que sejam suas armas, atacar, fará diferença ter 50 ou 500 Patrulheiros em uma cidade? Enfim… - diz o Duque, pegando outro documento e entregando ao Chanceler.[/align]

[spoil][center]Decreto Draconiano 020/1891[/align]

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[justify][tab=30]- Como forma de demonstrar união com o restante do Império nestes tempos sombrios. Apenas solicito formalmente que o Governo Imperial mantenha um repasse condizente com as necessidades do Ducado. 30% da arrecadação já serão mais que suficientes. Quanto à Legião - diz o Duque, voltando-se ao Conde de Dunord - se for necessário, a Dracônia contribuirá ao esforço de guerra da Gardenha.[/align]

[justify]- Alexander, quantos homens mais a Legião precisará? Creio que a Gardenha poderia fornecer fazenda para outros 8 mil, inicialmente, mas precisamos ainda ver a questão das armas para o combate. Quem irá produzi-las em quantidade suficiente. Além disso, subindo os números da Legião, esta se tornaria maior do que os próprios Fuzileiros. O que achas?[/align]

[justify][tab=30]- Isso dependerá de que rumo Wilhelm pretende dar à mesma. Os rebeldes sulistas talvez fossem subjugados com auxílio maciço dos sunerianos em uma campanha de média duração, mas não creio que menos de 5.000 homens seriam capazes de tal feito. Ao norte, não menos de 10.000 soldados para uma guerra de desgaste, lembre-se que não temos informações completas da totalidade de sua força e tentar algo direto seria besteira nessas condições. Já se focarmos somente em proteger as fronteiras, isso dividiria nossa força, mas com auxílio suneriano o efetivo previsto atualmente é um bom ponto de partida, em minha opinião. Deverá nos fornecer maiores informações, com as quais poderemos decidir o melhor a fazer.[/align]

[justify]- Assim, sendo vou encaminhar por hora fazenda para outros dois mil homens. A Legião não fará o trabalho todo sozinha… Ao menos um dos regimentos de Fuzileiros irá apoia-la. Creio eu. Além disso, há outros meios de dissuadir um inimigo nos dias de hoje…[/align]

[font=Garamond][size=150]A situação é pior do que eu imaginava.
Como bem sabem, uma das minhas empresas é especializada na produção de peças de artilharia, enviamos 25 unidades para mediolano, mas podemos fornecer mais unidades as nossas forças. A Romania não possui um grande contingente, mas ela estará pronta para a luta.

Conde, sugiro que se reúna com o Grande Almirante, podemos enviar a II brigada para a draconiana, a Carabinieri pode proteger a Romania. [/size][/font]

[justify]- Pois bem… Falarei com Victtorio logo que possível. Aguardei os procedimentos de indicação para a Regência e demais pormenores. Algo mais, senhores?[/align]

[justify][tab=30]- De minha parte, creio que seria isso. Chanceler?[/align]