[center]CHAPTER IV[/align]
[center]NENHUM DESCANSO PARA OS EXAUSTOS[/align]
[center]Trilha Sonora[/align]
Foi uma rápida partida para uma missão de tamanha dimensão, mal tive tempo de tomar meu café da manhã decentemente e Clarisse - sim, este era seu nome, um tanto exótico para a região - já entrou em meu quarto perguntando se estava pronto. Me lembro bem de sua expressão (que não me era estranha) em seu rosto, ela estava desolada, mas olhando para mim, parecia que melhorava de humor. Seguindo assim, já estávamos rapidamente em uma carroça, eu, ela e alguns “soldados” que ela havia reunido de última hora, deviam ser loucos ou deviam muito para ir em uma viagem louca como essa. Rapidamente a grande sombra da noite triunfou sobre o sol trazendo uma grande escuridão para a floresta que nos estávamos. Montamos acampamento um pouco fora da selva, porém era perto de um penhasco, acho que isso não era muito convidativo.
Como estava com certa energia (eu realmente não sei como), decidi deixar meus equipamentos na tenda, saindo apenas com um arco, flechas e uma leve roupa de pele de leão. Passaram-se 20 minutos, não tive sorte e estava com muito frio, mesmo com esta pele, acho que isto não é tão bom como contam as lendas de Hércules. Enfim, voltei para a acampamento e decidi me esquentar um pouco na lareira já preparada pelos homens que agora dormiam.

[center]Sim, esta é uma imagem da AAR do Privet, simplesmente porque o print falhou e já estou muito longe do lugar e me daria muita complicação, esta quase a mesma coisa.[/align]
Perdendo-me em meus pensamentos, não percebi uma figura que tinha se sentado ao meu lado, estava meio sombreada e não consegui identificar bem quem era, mas após uns segundos de analises percebi que era Clarisse, e com uma expressão realmente triste, que comovia qualquer um que visse.
- Sei que está muito abalada por sua irmã - disse - mas iremos encontra-la e leva-la de volta para casa.
- Sim, é para isso que estamos aqui. Agradeço por vir comigo.
- Fiz o que me pareceu certo.
- Heimdall - Alguns instantes mais tarde - Você realmente não sabe quem eu sou?
- Hãn? Além de uma senhora rica de estalagem?
- Nos eramos namorados. Foi fora de Skyrim, não me admira que você não se lembre. Faz alguns meses, caminhávamos sozinhos e fomos atacados por um grupo de bandidos. Você tentou me proteger e… - ela disse comprimindo o choro - um deles se agarrou a você e caíram juntos do alto de uma cachoeira. Desci desesperada atrás de você, mas não o encontrei. Te procurei por todas as partes, até que meu tio morreu e herdei a estalagem. Minha irmã, que já morava na região, disse que você estaria por aqui. Vim apavorada para cá e não o encontrei… Até que depois de meses de procuras, minha irmã foi sequestrada.
- Então… - As lembranças voltavam rapidamente a mente - Somos namorados?
- Eu diria que quase noivos.
Cada palavra que ela dizia batia em mim como uma onda de choque que eu não conseguia ver. As lembranças vinham enquanto ela dizia coisas sobre o que supostamente era o nosso passado juntos. Era tudo muito repentino para mim, uma vida poderia ser tão facilmente esquecida, como se nunca tivesse existido?
- Estou começando a recordar, embora não lembrasse de muita coisa sempre ficava com seu rosto em meus sonhos. Sempre tive uma certa dúvida, teve uma parte de minha vida que parece que foi apagada, não sei se o bandido era um mago, ou se bati muito forte com a cabeça em alguma pedra enquanto caía, mas agora algumas coisas fazem sentido. - Um silêncio mortal se sucedeu. - Mas por que você agiu como se não me conhecesse na taberna? Porque me disse isso só agora? Porque não procurou meu pai?
- Porque os soldados que estão aqui presentes precisam de uma forte liderança, eles pensam que a missão já é quase perdida. O que pensariam se eu levantasse e me jogasse em seus braços como se não estivesse ligando para o que iriamos fazer? E eu procurei seu pai, mas ele já tinha ido para a guerra…
- Hmmm… - Realmente, todas as lembranças voltaram a cabeça, eu amava aquela mulher, apesar de so ter os pensamentos, sabia que haviamos passado bons momentos juntos, e sem sentido algum, meu corpo queria mais desses momentos. - Então, como ficamos agora?
- Isso é você que me diz…
Como uma reação natural e totalmente automática nos beijamos. Eu não sentia aquela sensação fazia muito tempo, pareceu que meu cérebro estava derretendo e escorrendo pelo corpo. Passamos longos momentos ali, tanto que não dormimos mesmo sabendo que o dia seguinte seria cansativo. Quando de repente, ouvimos um grande rugido, sem dúvidas, era um dragão.
Os homens levantaram rapidamente, pegando seus equipamentos e armas, obviamente, corri para minha tenda para guardar os recursos de caça e adotar a boa e velha força bruta. Fomos para o lugar mais aberto que tinha, infelizmente era ainda mais perto da beira da montanha. O Dragão não pousou, e levou dois homens com sua suas garras enquanto dava rasantes sobre a terra. O resto dos homens e Clarisse ainda estavam se armando e o dragão pousou bem na minha frente.

O Demônio voador soltou uma rajada de fogo, que encolhendo-me, defendi com escudo, porém o mesmo começou a pegar fogo, maldita madeira inflamável. Decidi investir contra sua cabeça, obtendo sucesso, consegui feri-lo superficialmente. Após desviar de algumas dentadas, senti uma energia dentro de mim, instintivamente estiquei a mão e gritei: “STENR REISA”
Não sei de onde essas palavras estranhas vieram, só sei que me senti mais fraco, senti a energia saindo de mim, mas notei duas grandes pedras voando em direção a cabeça do dragão, deixando-o atordoado. Deu tempo de golpeá-lo mais uma vez até que ele alçou voou novamente e ficou dando voltas em nosso acampamento. Os homens a esta altura já estavam armados, mas estavam muito assustados para fazer algo, apenas Clarisse estava perto de mim. Recuperando-se, o demônio voador planou na frente da montanha e preparou a garganta para disparar uma rajada de fogo na direção de Clarisse, que estava sem escudo.
Não vi outra saída, já a tinha perdido uma vez e não a perderia novamente. Pulei da montanha em direção ao dragão, fincando minha espada em seu peito. A fera perdeu forças e despencou comigo preso a ela, e juntos descemos rolando pela montanha até que tudo ficou escuro e silencioso.
