Stellaris
Contos do Espaço Profundo
Capítulo LXIV
Problemas a Menos, Problemas a Mais…
Não bastasse a tomada de Meryl Prime pelos mutantes, análises da órbita do planeta detectaram uma infinidade de destroços espaciais. Certamente detritos da época anterior à devastação nuclear do planeta, restos de milhares de satélites colocados em órbita pela anterior civilização local.
Um novo tipo de projéteis energéticos, mais poderosos que os antigos Lançadores de Prótons, foi desenvolvido pelo Departamento de Física, que continua foca em aumentar nosso poderio militar frente à nova ameaça do Grande Khan.
A Nanite Interdictor finalmente encontra cera “oposição” em território Lahtrepiano, embora tenha derrotado sem dificuldades a fortificada base estelar e duas frotas de transporte no sistema Pherkad.
Vista com alívio por alguns, e certo pesar pelos cientistas de Carimal, a súbita partida do “Cofre Enigmático” deixou no ar a questão de qual era seu objetivo. Estaríamos sendo estudados por alguma espécie alienígena ainda desconhecida?
Em meio a tantos acontecimentos recentes, foi com pesar que Petals of Khaki assumiu o comando da ISS Astute, após a morte repentina do Capitão Stalk of Brown.
Em órbita da lua Roolan, uma antiga estação espacial foi inspecionada por uma equipe da colônia. Os corpos da tripulação, preservados devido ao ambiente espacial, bem como a análise das últimas comunicações realizadas, indicam que eles foram as testemunhas do fim nuclear que se abateu sobre sua civilização, antes deles também perecerem pela falta de suprimentos. Um acontecimento triste, mas com várias descobertas significativas sobre uma civilização que estava começando a dar os primeiros passos rumo ao espaço.
O que é a vida? Como ela surge? São questões que a sociedade terrana se faz desde os primórdios. Embora sem uma resposta definitiva, o que deve ser impossível, o Departamento de Sociedade apresentou o maior trabalho já realizado sobre os Segredos da Vida, seu surgimento e suas variáveis na história terrana. O que deixa em aberto o fato de que ainda temos muitos o que aprender…
A recente ameaça dos Frubralav criou um cisma dentro da Diretoria Científica. Enquanto parte defendia a manutenção da atual teoria militar, de grandes naus capitâneas liderando uma esquadra completa e variada, adaptável a quaisquer ameaças que venham a ser encontradas, outra parte defendia que deveríamos investir nossos recursos materiais e de mão-de-obra apenas em novos Encouraçados e menos em naves de apoio, argumentando que o poderio militar desses gigantes seria mais decisivo em um combate.
Longos debates ocorreram, com argumentos convincentes de ambas as partes dificultando uma decisão final. Embora pesasse a recente demonstração da nova Classe-Devastator na utilização de armamento pesado em combate, ficou evidente que uma frota composta inteiramente por Encouraçados perderia as vantagens de uma frota multifunção, como atração de fogo, dispersão inimiga e especializações, tornando-se gigantescos (e lentos) alvos para os ataques inimigos.
Ficou decidido, então, que uma reformulação seria levada a cabo, em uma ação conjunta dos diversos Departamentos e do Comando Militar, mas sem comprometer os trabalhos atuais. Enquanto isso, mais Encouraçados eram encomendados aos estaleiros espaciais da Tecnocracia, para continuarmos nos fortalecendo frente às ameaças que nos cercam.
Procurando terminar essa guerra o mais rápido possível, o cerco a Rak’Thalak’Nak foi abandonado, e um novo combate de desenrolou no sistema Grumium. A caçada a frotas inimigas e a tomada de sistemas estelares foram definidos como prioridade como forma de quebrar a moral inimiga e forçar uma rendição.
Nossos exércitos finalmente começaram a desembarcar em Meryl Prime, cercando os Horrores Mutantes e avançando na retomada do planeta.
Milhares de soldados morreram, mas a ameaça mutante foi erradicada. Com a retomada do planeta, os sobreviventes começaram a retornar, deixando claro os números terríveis de milhões de mortos que tivemos. Choremos pelos que se foram, mas que isso nos fortaleça e nos inspire na reconstrução.
Grupos pacifistas têm chamado a atenção em Fidhilam Prime. Clamando à população contra os constantes investimentos militares realizados pela Tecnocracia, esses grupos têm conseguido um apoio considerável, ao ponto de representantes influentes do planeta aderirem à sua facção. Bem, eles são livres para seguirem o caminho que preferirem, desde que não venham a se arrepender de suas escolhas depois…
Enquanto a Strike Force Pegasus finalmente chegava a Gorim, a Strike Force Scylla travava mais um combate em Saidainope, forçando as forças da Comunalidade Unida a recuarem cada vez mais para o interior de seu território.
Como se já não tivéssemos problemas suficientes, Roolan Prime têm sofrido com várias decisões administrativas catastróficas. Grandes áreas têm sido negligenciadas pelo governo local, causando sérios problemas de infraestrutura e serviços básicos. Uma intervenção administrativa será necessária, e ainda assim muito terá que ser feito para melhorar a vida dos cidadãos do planeta.
Com o auxílio do Czyrni, o Departamento de Sociedade pode aprender muito sobre os Mundos Tumba. Novas tecnologias e métodos de colonização desses planetas radioativos devem permitir que outras espécies possam viver, ainda que com certa dificuldade, nesses resquícios de guerras nucleares.
A tomada de três sistemas, praticamente simultaneamente, deixou claro que a aliança Rak’Thalak ’Nak-Lathrepianos não teria condições de resistir ao nosso avanço, forçando a rendição inimiga após 3 anos de guerra.
Entretanto, o final da guerra não significa o final dos problemas. As frotas do Grande Khan têm avançado sem parar dentro do território Norillga, destruindo todas as bases espaciais e estações que encontra pelo caminho.
Nesse ritmo, a própria existência de nossos aliados está em jogo. Mas… seremos capazes de ajudá-los?