Stellaris
Contos do Espaço Profundo
Capítulo VIII
Facções e Iluminismo
Agosto, 2210. A ISS Wanderer, em inspeção no planeta Ksora VII, descobre que sua atmosfera é repleta de Gases Exóticos, nunca encontrados na Terra ou em outros planetas. A capitã Yekaterina Ivanova, após alguns testes, acredita que poderão ser muito úteis no futuro. Embora formas e utilizá-los com segurança ainda sejam desconhecidas, ela recomenda à Diretoria que seu uso futuro seja assegurado.
Outubro, 2210. A recente colonização de Wendel Prime e Erdosca Prime têm causado uma verdadeira Febre de Colonização entre a população terrana. Cada vez mais pessoas se voluntariam para desbravar esses novos mundos que não param de ser descobertos. Tornou-se uma Tradição para muitos, se candidatar à uma das vagas entre os novos pioneiros.
Novembro, 2210. A ISS Astute finalmente termina a inspeção da nave encontrada na órbita de Rurius C I. Sem sombra de dúvida, trata-se de uma nave Yuht, mas não qualquer nave. A julgar pela quantidade de corpos parcialmente preservados em cápsulas criogênicas, trata-se de uma nave colonial. Uma prova incontestável de que os Yuht, se não colonizaram vários mundos através da galáxia durante seu auge, ao menos tentaram. Cientistas da Terra começam a solicitar um estudo maior da nave, que indique de onde os Yuht vieram e para onde partiram.
Janeiro, 2211. As descobertas e avanços obtidos desde o início da Era Espacial terrana têm causado mudanças na política da Tecnocracia. O próprio Diretor-Geral Pietro Giordano tem liderado a criação de uma nova facção política, A Associação de Tecnologistas. Com uma agenda que busca incitar o governo a focar ainda mais no avanço científico, por enquanto seu apoio à Diretoria é bem significativo…
Abril, 2211. Com a construção de uma Base Estelar no sistema Esteraeus concluída, a ISS Foundry é ordenada a deixar o sistema Bregglar e ir auxiliar a ISS Luchtaine na construção de Estações de Mineração e Pesquisa no sistema.
Maio, 2211. A ISS Astute termina uma análise rigorosa dos restos da nave Yuht encontrada em Rurius C I. Embora em péssimas condições, o estudo da estrutura e dos motores da nave dão a entender que os Yuht nunca romperam a velocidade da luz. As cápsulas criogênicas encontradas e outros dados recuperados sugerem, porém, que eles possuíam uma vida extremamente longa e, dessa forma, criaram um império estelar. Todos esses dados impulsionam a pesquisa da Tecnocracia sobremaneira.
Julho, 2211. Uma nova facção começa a se formar na política terrana. Pouco após o Diretor-Geral Pietro Giordano apoiar a criação da Associação dos Tecnologistas, a cientista Sally Charlesworth toma a frente da Marcha dos Bravos. Essa nova facção possui tendência militarista, e seus membros falam abertamente da necessidade de a Tecnocracia se fortalecer também nesse aspecto.
Agosto, 2211. Um aparentemente simples asteróide na órbita do sistema Kibbin chama a atenção da ISS Wanderer. Os sensores da Nave Científica detectaram níveis alarmantes de radiação no asteróide C-9000, e logo inicia uma varredura mais detalhada para descobrir o motivo.
Dezembro, 2211. A construção dos primeiros assentamentos em Erdosca Prime é concluída, sendo muito festejada pelos pioneiros. Logo a primeira leva de novos imigrantes chega, e decide-se pela construção de um Distrito Agrícola para suportar sua nova população. As primeiras explorações dos arredores dão conta de que, dentre a geografia do planeta, dois pontos se destacam: um enorme Pântano Efervescente, com gases em abundância, e uma enorme Caverna Cristalina, cujo interior é composto quase exclusivamente de cristais raros. O Diretor-Geral recebeu com satisfação essas notícias, congratulando os pioneiros por sua dedicação à causa terrana.
Janeiro, 2212. O Departamento de Sociedade terminou de compilar um histórico dos avanços terranos em sua unificação governamental, desde quando antigas tribos guerreavam entre si, passando pelas grandes nações e culminando na unificação do século passado. Tornando-se matéria obrigatória no sistema de ensino, esse estudo também objetiva trazer um fervor patriótico na população, independente de sua etnia, procurando aumentar a Unidade terrana.
Janeiro, 2212. Tantos avanços em tão pouco tempo levaram o Diretor-Geral Pietro Giordano a promulgar uma mudança significativa nas políticas da Tecnocracia. Com a pressão das facções e a descoberta de vida inteligente, decidiu-se que a Tecnocracia Terrana passará a incentivar a evolução tecnológica de quaisquer civilizações consideradas primitivas que encontrarem, para que assim partilhem de todos os avanços que a Terra também tem descoberto. Embora com alguma objeção de poucos setores da sociedade, o Diretor-Geral deixou claro que “Manter outros povos inteligentes, independente de sua origem, presos ao passado quando poderiam usufruir de todos os avanços que temos agora e teremos no futuro, isso seria um crime! Estendamos a mão a eles, compartilhemos nossos séculos de conhecimento, e todos seremos beneficiados, pois será um novo amigo da Tecnocracia que estaremos ajudando!”
Janeiro, 2212. A mudança na legislação acerca de Iluminismo Nativo, como passou a ser conhecida, teve o efeito de um rastilho de pólvora. Diversos setores começaram a indagar à Diretoria acerca dos Lavis, descobertos em Bregglar III. A observação dos últimos meses descobriu que são humanóides evoluídos do que, na Terra, seriam plantas. Prezam por uma sociedade Igualitária e, por seu entusiasmo acerca do cosmo e entre suas diferentes etnias, são considerados Xenófilos. Apesar disso, como os próprios terranos, também possuem um passado Militarista, de gerações em conflito através do planeta. Logo, respondendo a essas indagações, o Diretor-Geral ordena que o Posto de Observação inicie os protocolos de Iluminismo Tecnológico, incentivando, indiretamente, seu avanço científico até que alcancem o vôo espacial.